O Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Jaú aprovou as contas do terceiro quadrimestre de 2024 em reunião realizada nesta quinta-feira, dia 27, na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Jaú e Região. Na reunião, técnicos da Prefeitura de Jahu apresentaram números finais do ano, como valor aplicado no atendimento à população, procedimentos realizados, convênios e outros.
Destaque para o número de exames realizados nos meses de novembro e dezembro, que “superaram o total dos dez meses anteriores”, conforme informações de Maria Alice R. Morato, que estava no cargo de secretária interina de saúde na época no lugar da antecessora, que está sob investigação por superfaturamento na contratação de médicos. Neste ano, ela foi nomeada secretária adjunta do titular da pasta, José Aparecido Segura Ruiz.
Nos mutirões de novembro e dezembro foram realizados 560 ultrassonografia, 240 ultrassonografia obstétrica, 170 ecocardiograma, 56 colonoscopia e 95 tomografias computadorizadas. Os dados totais podem ser obtidos na Secretaria de Saúde ou no CMS. Abaixo, o demonstrativo financeiro do ano de 2024.
O CMS tem realizado reuniões itinerantes, passando por instituições da cidade para que a população conheça o trabalho dos conselheiros. O convite para a reunião no Sindicato da SaúdeJaú partiu da presidente do sindicato, Edna Alves, que também é conselheira municipal de saúde – outras três diretoras também são membros do CMS.
O presidente do CMS, Renan Floret Turini Claro, abriu a reunião e agradeceu aos conselheiros presentes e aos convidados- estudantes de psicologia da Fundação Dr. Raul Bauab, representante da Unoeste e associados do Sindicato da Saúde. Cerca de 30 pessoas acompanharam a prestação de contas feita na sequência por Maria Alice e por Marcio Leandro Rodrigues, ambos conselheiros e funcionários da Secretaria de Saúde.
R$ 255 MILHÕES NA SAÚDE - Maria Alice lembrou da obrigação constitucional de se investir 15% da arrecadação do Município na saúde e apontou que Jaú aplica mais do que o dobro, entre 32 e 33% do orçamento. Em 2024 foram empenhados R$ 255 milhões, dos quais R$ 85 milhões para atenção básica, R$ 154 milhões para assistência hospitalar e ambulatorial, entre outras categorias de gasto.
“Aumentou muito o gasto com saúde”, disse ela, citando o crescimento de processos de ordem judicial tanto para fornecimento de remédios de alto custo, internação compulsória e transporte de pacientes para cidades da região em busca de especialidades que deveriam ser fornecidas pelo Estado no próprio município.
ORDENS JUDICIAIS - Segundo ela, demandas judiciais consomem cerca de R$ 10 milhões anuais do orçamento. Outra parte é gasta com a compra de serviços especializados, que seriam competência do Estado, mas o Estado não supre. “Jaú compra muitos exames com recursos próprios”, explicou.
Citou que em 2024 foram levados para cidades como Botucatu e Bauru 16.600 pacientes. Lembrou ainda que o investimento mensal no Pronto Socorro da Santa Casa de Jahu chega a R$ 2,7 milhões (essa é uma atribuição do Município).
AME EM BREVE – A expectativa é que a construção em Jaú no Ambulatório Médico de Especialidades (AME), prometida pelo governo do Estado para 2026, possa ajudar na economia de gasto. Com o AME,mais especialistas médicos e exames serão feitos em Jaú, evitando o deslocamento de pacientes. Maria Alice acredita que em até dois anos a cidade tenha esse ambulatório atendendo à população
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