Em um mundo onde as relações de trabalho evoluem a passos rápidos, é fundamental repensarmos antigos modelos de jornada que, ao longo dos anos, têm impactado negativamente a vida de milhões de trabalhadores brasileiros. A jornada 6x1, que exige trabalho durante seis dias seguidos com apenas um dia de descanso, é um exemplo disso. Essa estrutura é cada vez mais anacrônica, considerando as novas possibilidades que surgem no mercado, como o trabalho remoto e o avanço das tecnologias digitais.
Hoje, a opção pelo home office e por jornadas mais flexíveis está se tornando realidade em muitos setores. Nesse cenário, sobretudo para os jovens trabalhadores, a imposição de atividades presenciais extensas representa um desestímulo. Muitos preferem modelos de trabalho que priorizem o bem-estar e permitam um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
A jornada 6x1 não apenas desgasta fisicamente, mas também priva os trabalhadores de momentos essenciais com a família e amigos, atividades de lazer e oportunidades de desenvolvimento pessoal, como investir na qualificação profissional. Essa desconexão constante do convívio social e familiar pode gerar estresse e problemas de saúde mental. Para a União Geral dos Trabalhadores (UGT), lutar pelo fim da jornada 6x1 é uma prioridade, pois sabemos que a saúde mental e o bem-estar não são apenas direitos, mas fatores que beneficiam toda a sociedade.
Garantir aos trabalhadores e trabalhadoras uma jornada aliada à nova realidade mundial na relação capital & trabalho adicional é muito mais que uma questão de produtividade; é um compromisso com a dignidade e a qualidade de vida de todos. A UGT continuará empenhada em promover modelos de trabalho mais justos, onde o trabalhador tenha tempo para se recuperar, conviver com seus familiares e dedicar-se a atividades que fortaleçam sua saúde mental e emocional. A luta pelo fim da jornada 6x1 é, portanto, uma luta por um trabalho mais humano, sustentável e alinhado com os anseios da nossa sociedade atual.
Fonte: UGT