O novo salário mínimo paulista, de R$ 1.640, aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo e sancionado pelo governador no dia 23 de maio, impacta nos profissionais de higiene, saúde e limpeza, que têm salários menores em hospitais, laboratórios e clínicas. Todos os salários abaixo do mínimo paulista deverão ser ajustados.
Nos Acordos e Convenções Coletivas assinadas pelo Sinsaúde estão previstos que, caso haja alteração no piso estadual, os salários abaixo devem ser reajustados conforme a lei.
O valor do salário em SP, definido pela lei 17.944/2024 em R$ 1.640, é maior que o valor do salário mínimo nacional, atualmente em R$ 1.412.
“A iniciativa é boa porque obriga o reajuste imediato de salários menores e eleva o patamar da negociação. Nossa luta é para que os trabalhadores da saúde sejam valorizados e ganhem acima do salário mínimo”, analisa a presidente do Sinsaúde, Sofia Rodrigues do Nascimento.
O presidente da Federação Paulista dos Trabalhadores da Saúde, Édison Laércio de Oliveira, pondera que a saúde privada tem condições de pagar um salário melhor para os trabalhadores. “É um setor que apresenta lucros vultuosos ano a ano e crescimento constante. Estes lucros se devem ao excelente trabalho dos profissionais da saúde”, avalia.
O piso salarial teve um acréscimo de 5,8% em relação ao valor de 2023. A inflação dos últimos 12 meses ficou em 3,69% em abril, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Saiba mais
O piso salarial paulista foi criado em 2007 e possibilita que os trabalhadores ganhem acima do salário mínimo nacional. Para que o reajuste seja concedido, o governo estadual leva em consideração algumas condições, como demanda da mão-de-obra e o custo de vida das pessoas.
Além de SP, outros estados também têm mínimos diferenciados. Paraná (R$ 1.856,94 e R$ 2.134,88), Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul ( R$ 1.573,89 e R$ 1.994,56) e Santa Catarina (R$ 1.612,26 e R$ 1.844,40) e Rio de Janeiro, que ainda não foi anunciado.
Fonte: Sinsaúde Campinas e Região