Nesta data especial para a classe trabalhadora, há conquistas a se celebrar, mas é preciso um olhar atento para as muitas pautas pendentes. A democracia tem se fortalecido e o governo tem aberto diálogo com a sociedade por meio de conselhos e comissões para a construção de políticas públicas, entretanto, o caminho da reconstrução é longo e precisa passar pela solução de problemas históricos e estruturais.
Entre as várias medidas positivas para a classe trabalhadora, vale destacar: a retomada da política de valorização do salário mínimo, que é, sem dúvida, uma conquista a ser celebrada pela impor-tância na melhoria da renda de toda a população e pela consequente dinamização da economia; a Lei da Igualdade Salarial (Lei nº 14.611/2023) entre mulheres e homens; a retomada das políticas de apoio à agricultura familiar; a atualização da tabela de imposto de renda em 2023; o programa Pé-de-Meia (Lei nº 14.818/2024), de incentivo para que os jovens concluam o ensino médio.
Em relação à fome, em 2023, 72% dos domicílios do país estavam em situação de segurança ali-mentar, enquanto outros 27% permaneciam no quadro de insegurança, entre os quais, em 4%, a situação era grave. A esses números devem se somar os da população em situação de rua, que tem crescido nos últimos anos, principalmente nos grandes centros urbanos. A fome continua uma mazela cotidiana a ser combatida no Brasil.
Na economia, avança a proposta de reforma tributária, que, embora insu?ciente para resolver as questões centrais, traz alguns aspectos positivos. Desonerar os produtos da cesta básica é funda-mental para melhorar a vida da população, mas ainda é preciso tributar mais os ricos para ?nan-ciar as políticas públicas e construir um país menos desigual.
Fonte: Dieese