Na tarde desta quinta-feira, dia 11 de abril, o Conselho Municipal de Saúde de Jaú esteve reunido na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Jaú e Região para reunião periódica. Conselheiros representando prestadores de serviços de saúde, poder público, sindicato dos trabalhadores e a sociedade foram recepcionados pela presidente do Sindicato, Edna Alves, e pelas diretoras Sofia Claudete Rodrigues Borges e Maria Ivanilde Araújo Almeida.
Entre os assuntos uma discussão crucial sobre o futuro do sistema de saúde local. Sob a liderança do presidente do Conselho, Renan Floret Turini Claro, e com a coordenação de Maria Alice Morato, secretária do Conselho e funcionária da Secretaria de Saúde, os membros debateram o Plano de Trabalho da Santa Casa de Jahu para o serviço de Pronto Socorro.
O ponto central da reunião foi a apresentação deste plano, que será submetido à Prefeitura de Jahu visando a renovação do convênio entre as partes. O atual convênio vence no último dia de junho e precisa ser renovado para julho. Hoje, o Município repassa R$ 2,619 milhões e o pedido é de R$ 3,333 milhões.
A meta é aumentar o repasse do Município em pouco mais de R$ 700 mil para atender às necessidades do Pronto Socorro, que incluem a ampliação dos serviços, revitalização do prédio antigo, melhorias no piso da enfermagem e a contratação de mais funcionários – subindo dos 211 atuais para 223.
A servidora pública explicou que o convênio entre a Santa Casa e a Prefeitura de Jahu, vai ser encaminhado semana que vem para início de negociação. O temor da direção da Santa Casa é que as discussões não evoluam a tempo e que o prefeito deixe para a última hora – no ano passado, a renovação se deu na noite do último dia de vigência, prejudicando esclarecimentos por parte do hospital, que se viu obrigado a aceitar um valor abaixo do solicitado.
Outros temas
Durante o encontro, Maria Alice abordou a questão da saída de médicos do programa Mais Médicos, explicando que muitos deixaram o programa para fazerem residência ou migraram para outras carreiras. Embora tenha sido solicitada a reposição desses profissionais, o Ministério da Saúde ainda não respondeu. Ela também mencionou projetos de licitação para reforma de postos de saúde e a realização de concursos para áreas específicas, como enfermagem e medicina.
Outro ponto discutido foi a disponibilidade de psiquiatras na rede de saúde – seriam quatro para cidadãos com idade acima de 8 anos de idade e uma para crianças menores.
Além disso, foi mencionada a estrutura para realização de exames, com o governo estadual fornecendo recursos para 20 mil exames pela Santa Casa e mais 12 mil pelo Hospital São Judas. Um pregão será realizado para a compra de mais exames, com um investimento de R$ 1 milhão.
Maria Alice também ressaltou a questão da segurança na solicitação de exames, apontando que alguns médicos pedem um número excessivo de exames para um único paciente. Ela destacou a importância de um maior controle nesse sentido para evitar desperdícios e duplicidades.
AME SEM PREVISÃO - Sobre o Ambulatório de Especialidades (AME) em Jaú, ainda não há nada concretizado, mas há estudos em andamento para avaliar a viabilidade financeira e os indicadores de demanda.
A Santa Casa de Jahu recebeu emendas parlamentares que somam mais de 800 mil reais para a compra de equipamentos, porém, a prometida verba de 25 milhões do Estado ainda não foi repassada, encontrando-se em análise.
A reunião encerrou com a definição da data da Conferência Municipal de Saúde, que ocorrerá até 30 de junho, e o convite para a participação do Conselho na abertura do congresso estudantil da Unoeste, em 24 de abril, como forma de engajar a comunidade acadêmica nas discussões sobre saúde pública.
Fonte: Assessoria Sindicato da SaúdeJaú
FOTOS: Paulo César Grange/Sindicato da SaúdeJaú