O Sinsaúde fez mais uma vez a sua parte na luta pelo Piso Nacional da Enfermagem e reuniu, nesta terça-feira, às 15h, trabalhadores em diversas cidades de sua base de atuação para fortalecer a mobilização da categoria que ocorreu em todo o País. Atos em prol da efetivação da Lei 14.434/2022, que instituiu no ano passado o salário de R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos e R$ 2.375 para auxiliares e parteiras, foram puxados pelas federações e confederações de trabalhadores da saúde e da Enfermagem em todos os estados.
Em Campinas, sede do Sinsaúde, trabalhadores e sindicalistas de cidades da região, como Amparo, Hortolândia, Valinhos, Paulínia, Jaguariúna, Americana e Vinhedo, se reuniram no Largo de Rosário. “É preciso nos unir e fortalecer esta luta”, apoiam as técnicas de enfermagem da UPA São José, Simone Gomes e Quelyneia Sodré. Já a técnica na Santa Casa de Valinhos, Andressa Moraes, sonha com um salário melhor. “Vai ser ótimo quando chegar o piso. A lei tem que valer”, protesta.
Os trabalhadores e a diretoria do Sinsaúde de Limeira, Marília, Amparo, Itapira, Araraquara, Bragança Paulista, Atibaia e Tupã também fizeram atos para chamar a atenção da população para a importância de se valorizar os trabalhadores da saúde e destravar de vez o Piso Nacional da Enfermagem.
“A gente precisa do piso. Muitos trabalhadores da saúde morreram na pandemia e nós lutamos pela valorização por eles também”, defendeu Viviane Ramos, técnica no Hospital Ouro Verde. Por outro lado, o trabalhador da Saúde aposentado, Antonio Carvalho, chamou de “vergonha” a espera que as autoridades têm submetido os profissionais da Enfermagem.
A presidente do Sinsaúde, Sofia Rodrigues do Nascimento, lembra que a luta pelo Piso Nacional da Enfermagem dura mais de 30 anos. “A categoria não pode mais esperar tanto. A lei deve ser cumprida. Na verdade, os hospitais e unidades de saúde privadas já poderiam estar pagando o novo piso desde o ano passado”, explica.
O Piso Nacional da Enfermagem foi aprovado pelo Congresso e se tornou a lei 14.434/2022, em agosto do ano passado. Uma ação de inconstitucionalidade, promovida por instituições patronais foi acolhida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Luís Roberto Barroso despachou uma liminar suspendendo os efeitos da lei por 60 dias para que fosse apresentado um plano para o financiamento do piso para o serviço público. Já passaram mais de 150 dias. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, recentemente se comprometeu em solucionar o impasse e implementar o Piso Nacional da Enfermagem.
Fonte: UGT - 15/02/2023