A partir desta semana, as entidades sindicais filiadas à Federação Paulista da Saúde vão realizar assembleias regionais com os profissionais da saúde para definir participação nas ações em prol do Piso Nacional da Enfermagem. Cansados de esperar por uma definição, as entidades que integram o Fórum Nacional da Enfermagem, convocaram uma mobilização e protesto em nível nacional para o dia 14 de fevereiro e ameaça com greve geral para o dia 10 de março, caso até lá não seja definida a questão da fonte pagadora do piso.
"Entendemos e estamos juntos com a entidades na luta pelo Piso Nacional, que entendemos começou a vigorar desde a sanção da nova legislação pelo presidente da república. A categoria já esperou demais e merece que a definição seja conduzida pelo novo governo. Vamos lembrar que esta foi uma promessa do presidente Lula já reiteradas vezes. A Enfermagem quer e merece ser valorizada!", afirma o presidente da Federação Paulista da Saúde, Édison Laércio de Oliveira.
De acordo com ele, a entidades sindicais ainda foram orientadas a buscar apoio das Câmaras Municipais de Vereadores, secretarias de Saúde, poder municipal e estadual buscando apoio para que a definição seja feita o mais rápido possível. “Vamos também chamar a categoria para a sua responsabilidade. Ela quer e merece a aplicação do piso, mas precisa se posicionar de forma clara e contundente. Quem quer vai à luta”, reforça Oliveira.
As ações dos trabalhadores da saúde visam pressionar o governo a editar a medida provisória que garantirá o repasse dos fundos. A Federação Paulista da Saúde acredita que o imbróglio só vai ser resolvido a partir do momento que o Supremo Tribunal Federal (STF) reveja sua posição, reconhecendo a legitimidade da Lei nº 14.434 que fixou o piso salarial em R$ 4.750 para os enfermeiros, 70% desse valor (R$ 3.325) para os técnicos em enfermagem, e 50% daquele valor (R$ 2.375) para os auxiliares de enfermagem e parteiras.
“Já estamos nessa luta há mais de 30 anos e vamos continuar até a vitória. Mas precisamos da força da categoria para consolidar esta conquista”, finaliza Edison de Oliveira.