Auxiliares e técnicos de enfermagem, enfermeiros e parteiras vão decidir se protestam em 14/02 e se entram em greve em 10 de março cobrando aplicação da Lei do Piso
ASSEMBLÉIA: 7 e 8/02, 10h, 15h e 19h na sede do Sindicato – Informações: 3622-4131
O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Jaú e Região está convocando os trabalhadores da enfermagem para a Assembleia Geral Extraordinária que vai discutir medidas em defesa do Piso Nacional da Enfermagem. Serão dois dias de assembleia, em três períodos, para que os profissionais possam participar. A assembleia é nos dias 7 e 8 de fevereiro, às 10h, 15 e 19h.
A presidente do Sindicato, Edna Alves, diz que “a enfermagem precisa decidir se adere à manifestação do dia 14 de fevereiro e se aprova e participa da greve geral de março”. Segundo, essas ações em defesa do Piso Nacional são orientação da Federação Paulista da Saúde, com base no posicionamento da semana passada do Fórum Nacional da Enfermagem.
VOTO EM ASSEMBLEIA - Em reunião com sindicalistas de todo o Estado, dia 3, p presidente da Federação da Saúde, Edison Laércio de Oliveira, lembrou que são os sindicatos que têm o poder de chamar a categoria para a greve, trazendo-a para o sindicato para que vote por meio de assembleia. “A categoria vai decidir se vamos aderir à paralisação, de que forma vai ser o protesto e se vamos aderir à greve”.
Ele lamenta o fato de muitos trabalhadores serem agressivos em redes sociais, cobrando postura dos sindicatos em defesa do Piso Nacional, mas que somem quando são chamados para ações de protesto. “Quem faz greve é o trabalhador. Nunca vi greve em rede social. Greve é presencial”, comenta Edison Laércio de Oliveira.
LEI DE GREVE - O dirigente recomenda aos sindicatos para que respeitem a Lei de Greve, com publicação de edital no prazo, chamamento da categoria, votação em assembleia, comunicação às autoridades... Por fim, manutenção de números mínimos de funcionários em cada setor.
Edison Laércio de Oliveira avisa que a greve proposta para 10 de março seria deflagrada caso o governo federal não defina as diretrizes para que o STF valide a Lei do Piso, que foi suspensa no início de setembro. Na época foi dado prazo de 60 dias para o presidente Jair Bolsonaro e parlamentares apontarem a fonte de custeio. O ano acabou e nada.
MEDIDA PROVISÓRIA - Foram quatro meses do governo passado sem iniciativa para custeio do piso. Os parlamentares aprovaram algumas fontes, mas não regulamentou. O governo atual está prometendo editar uma Medida Provisória para regulamentar o repasse de recursos e, assim, convencer o STF de que a lei que fixa pisos nacionais da enfermagem possa voltar a ter validade.
“O Sindicato está ao lado do trabalhador da saúde e vai coordenar as ações decididas pela categoria. Quem pode fazer greve é a categoria”, comenta a presidente Edna Alves. “Já publicamos o edital, convocamos a categoria, panfletamos na base e esperamos pelos trabalhadores nesta terça e quarta na sede do sindicato.”
