A União Geral dos Trabalhadores (UGT) é solidária ao movimento sindical francês que, em defesa da população, está encabeçando, nesta terça-feira (31/01), nova greve geral contra a proposta do governo de aumentar a idade da aposentadoria de 62 anos para 64 anos até 2030.
As paralisações atingiram diversos setores do país, como energia, escolas e transporte, tendo o sistema de trens de Paris profundamente afetado pela greve.
“Eu os apoio”, disse Catherine, de 59 anos, assistente de um advogado, em entrevista à Reuters, relatando que que não se importava em caminhar ou esperar o trem porque “em breve terei 60 anos, então não estou realmente feliz por ter (para trabalhar) mais dois anos”.
Para a UGT, faltou esse tipo de entendimento no Brasil na época da reforma previdenciária, pois foi vendido para a população uma falsa crise com agravamento de possível colapso no sistema, tudo isso para que os (as) trabalhadores (as) aceitassem a condição de ter que trabalhar mais tempo para se aposentar.
Para que esse objetivo fosse alcançado, o governo apresentou apenas a contribuição previdenciária feita por empregados e empregados, desconsiderando que, o sistema brasileiro, é composto também por impostos federais, estaduais e municipais.
Por isso, a luta da população francesa é legítima, pois não é com medidas cruéis contra a sociedade, que os governos podem aumentar suas receitas. Acreditamos que é possível arrecadar mais sem precisar mexer com direitos de quem já deu a sua contribuição, ao trabalhar a vida toda, esperando viver uma aposentadoria tranquila.
PROTESTO ANTERIOR
Segundo o Ministério do Interior francês, no dia 19 de janeiro, aproximadamente 1,1 milhão de pessoas foram às ruas em toda a França, em atos registrados em ao menos nove cidades: : Paris, Toulouse, Marselha, Nantes, Clermont-Ferrand, Montpellier, Tours, Nice e Lyon.
Fonte: UGT