Cientistas criticam a postura do Catar e da Fifa de ignorar a covid-19 durante a Copa do Mundo. Enquanto o mundo vive o crescimento de casos e internações relacionadas à doença, o país do Oriente Médio adota política negligente. Não existem protocolos eficientes para evitar o contágio. O país não cobra comprovante de vacinação dos visitantes, não exige máscaras e nem sequer testa os jogadores.
“É um convite às novas variantes”, resume o epidemiologista da Fiocruz-Amazônia Jesem Orellana. Contudo, na contra mão do mundo, o Catar não informa que há aumento de casos. Sobre isso, os especialistas cravam. “Não existe covid-19 se você não testa.” Ao contrário, o protocolo Fifa desestimula a realização de testes. Isso porque as seleções não são obrigadas a testar seus jogadores. Se testar positivo, são pelo menos cinco dias de isolamento, o que inviabiliza o jogador.
Suspeitas de covid na Copa
Por outro lado, não faltam suspeitas. Um dos primeiros casos veio de um torcedor ilustre. O ex-jogador e atual cartola Ronaldo informou que estava com a doença na última quinta-feira (24), dia da estreia do Brasil contra a Sérvia. Três dias depois, ele disse que testou negativo, e compareceu ao estádio para ver a vitória da seleção sobre a Suíça.
Ronaldo não é o único craque que apresentou “sintomas gripais” no Catar. Pelo menos cinco jogadores do elenco brasileiro relataram mal-estar: Neymar, Antony, Paquetá, Vini Jr e Alisson. O camisa 10 da seleção, Neymar, apresentou leve quadro febril, além da lesão no tornozelo, que provocou seu desfalque nesta primeira fase do torneio. Também estão lesionados os laterais Danilo e Alex Sandro.
Todos os atletas apresentaram sintomas leves descritos como “virose” pela equipe médica. Então, eles seguem garantidos para os próximos jogos. Exceto na sexta-feira (2), contra Camarões, às 16h. Na partida, o técnico Tite optou por poupar os principais titulares, uma vez que o Brasil está garantido nas oitavas de final.
Fonte: Rede Brasil Atual