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Vai voltar? Interrompido desde 2019, horário de verão provoca debate


16/11/2022

  Abolido em 2019, com grande número de defensores e críticos, o horário de verão voltou ao debate por iniciativa do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante dois dias, na semana que passou, ele promoveu enquete em rede social para saber a opinião do público. Com 2,3 milhões de voto no Twitter, 66,2% se manifestaram a favor ca volta do horário de verão e 33,8%, contra. Mas a equipe de Lula enfatiza que se tratou de uma consulta informal.

 
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) chegou a divulgar nota técnica, em setembro de 2021, sem identificar “economia significativa” de energia. Leia aqui o documento. Agora, uma eventual decisão sobre retomada do horário de verão terá de seguir uma série de consultas com especialistas, inclusive da área de saúde.
 
A primeira vez em 1931
Também em 2021, o Brasil completou 90 anos da primeira vez em que o horário de verão foi adotado. Aconteceu em 1931, com Getúlio Vargas. Segundo o Decreto 20.466, do governo provisório de então, a medida traria “grande proveito para o erario (grafia da época) público” e “grandes benefícios ao publico”. Mas essa mudança foi implementada de forma não contínua no país. Parou em 1993, voltou com intervalos nos anos 1950 e 1960 e passou a ser mais constante a partir de 1985. Tornou-se permanente em 2008 (Decreto 6.558, do então presidente Lula), até ser abolido em 2019 (Decreto 9.772, do atual governo).
 
Na última vez que foi adotado, em 2018, o horário de verão teve redução de duas semanas. Foi um pedido do então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, por causa das eleições, para não aumentar a diferença de fusos horários. O Brasil tem quatro fusos.
 
Prós e contras
O objetivo de adiantar os relógios em uma hora em algumas regiões era ganhar tempo adicional de luminosidade, o que em tese retardaria o uso de lâmpadas e eletrodomésticos, proporcionando economia. Mas o ONS alegou que, por outro lado, essa redução era “compensada” pelo consumo maior no início da manhã.
 
Quem acorda muito cedo não costuma gostar da mudança. Há quem relate distúrbios do sono. Por outro lado, o setor de bares e restaurantes é entusiasta do horário de verão, porque com o dia “esticado” o faturamento aumenta. Técnicos observam que a economia é relativa, porque os padrões de consumo mudaram. Mas outros afirmam que qualquer diminuição de consumo é bem-vinda em um país sempre às voltas com crises hídricas e outros desafios.
 
Fonte: Rede Brasil Atual

 
 
Sindicato da Saúde Jaú e Região
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