O preço que a população brasileira está pagando pelos alimentos é o mais alto desde 1994, quando foi criado o Plano Real. Em outras palavras, e a maior expansão registrada para um período de janeiro a setembro em 28 anos. O grupo alimentação e bebidas acumula aumento de 9,54% em 2022.
Esse dado é registrado apesar da terceira deflação do ano, provocada principalmente pela queda nos preços dos combustíveis, devido a medida eleitoreira de Jair Bolsonaro (PL) em busca da reeleição. No acumulado de 12 meses, a alta de alimentação e bebidas é de 11,71%.
Como inúmeros analistas preveem, porém, a gasolina deve voltar a subir todas as semanas após as eleições. Mas já aumentou na semana passada. Os dados foram divulgados pela Folha de S.Paulo a partir do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE.
“A gente tem dito nos últimos dias. A inflação bombando, combustível já começou a subir, o PIB desmoronou. E agora, com número fechado, a gente viu que esse é o pior ano em termos de aumento do preço nos alimentos desde o Plano Real. Dados Oficiais”, pontua o economista Eduardo Moreira, em postagem em seu perfil no Twitter. “Você vai continuar acreditando na mentira de Guedes? Qual o limite pra você acordar?”, questiona.
PIB em baixa, gasolina em alta
A prévia do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), caiu 1,13% em agosto, na comparação a julho, na maior queda desde março de 2021. Por sua vez, o preço da gasolina voltou a subir após 15 semanas de queda. A alta se deu em 15 estados e no Distrito Federal, segundo pesquisa semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Na semana passada, o combustível foi vendido em média a R$ 4,86 por litro, com aumento de 1,4% em relação à semana anterior, quando estava em R$ 4,79.
Em encontro com integrantes do G20 no dia 12, o ministro da Economia, Paulo Guedes, manifestou seu conhecido otimismo irrealista. “Estamos retomando o crescimento sustentável, estamos fora de sincronia com a economia global porque ficamos desconectados durante as três décadas de globalização”, disse o ministro, apelidado de Posto Ipiranga.
Fonte: Rede Brasil Atual