Trabalhadoresda Saúde de Jaú e Região estão sendo convocados para a Manifestação Geral em Defesa do Piso Nacional, a ser realizada nesta sexta-feira (9), em Jaú – às 10h no centro da cidade (Jardim de Baixo). Este foi um dos temas da entrevista da presidente Edna Alves ao Portal RC1, composto pela TV e rádio Cultura de Dois Córregos.
A dirigente também falou com otimismo do julgamento pelo plenário do STF da Medida Cautelar do ministro Barroso, que suspendeu a Lei do Piso por 60 dias em decisão unilateral no domingo. Cabe ao Supremo Tribunal Federal analisar se valida ou não a suspensão. “A expectativa é que a Lei do Piso volte ser válida, contemplando milhões de trabalhador da enfermagem no pais”
Edna lamentou que um só ministro tenha frustrado o sonho de toda uma categoria. Ela lembrou que as manifestações já começaram que a esperança é reverter a decisão. “Com certeza. Vai ser o melhor presente de fim de ano para a categoria”, comentou. “Salário digno é um sonho de mais de 30 anos dos trabalhadores da saúde”.
Ela diz que o Sindicato já está orientando a categoria e o primeiro ato foi realizado na Câmara de Bariri, segunda à noite, na sessão em que grande número de trabalhadores da enfermagem estiveram presentes para receber apoio de vereadores e o compromisso de que vão enviar nota de repúdio ao STF. Lá foi entregue aos vereadores e ao público a Nota de Repúdio da Federação da Saúde e dos sindicatos filiados (está no site www.sindsaudejau.com.br).
MANIFESTAÇÃO NA PRAÇA
Edna aproveita para convocar todos os trabalhadores da enfermagem descontentes com a decisão do STF para que estejam nesta sexta-feira, às 10h, no Jardim de Baixo, centro de Jaú. “A lei do piso é constitucional, precisa ser cumprida. Vamos fazer nossa parte e pressionar as autoridades para que criem meios e enviem recursos aos hospitais, que alegam falta de recursos.”
DEMISSÕES
Na entrevista ao portal, Edna Alves falou sobre demissões que estão ocorrendo na Santa Casa de Jahu. Entre quinta e sexta-feira, entre 60 a 70 funcionários teriam perdido o emprego. Ela deixa claro que o Piso Nacional, que o hospital não pagou, não é a causa principal. “O que está pegando mais é a saída do convenio da Unimed, mas o hospital poderia ter se preparado melhor para isso e não ter demitido tanta gente.”
“A demissão não é por causa do piso nacional. Se fosse por isso teria demitido só o pessoal da enfermagem. Mas está demitindo a classe do apoio, pessoal da copa, limpeza, lavanderia. Qual o critério para demitir esses profissionais? Isso não entendemos ainda”, falou Edna, colocando o Sindicato da Saúde à disposição dos demitidos para orientação e outras ações necessárias.