Vamos ser práticos. A eleição é um grande momento de um país. Temos que aproveitar esta oportunidade. Vou até usar uma frase do compositor Geraldo Vandré: “quem sabe faz a hora não espera acontecer”. Chegou a nossa. Vamos botar a mão na massa.
Temos a grande chance de usar o nosso sindicalismo-cidadão e nos aproximar da população. Fazer uma parceria e cobrar dos que forem eleitos obras e benefícios necessários para o desenvolvimento da nossa sociedade. E aqui vale ver, por exemplo, a experiência, da sua localidade que pode ser revertida para o restante do país.
O importante é saber o que cada um pensa ou está fazendo aí no seu Estado para mudar o nosso desolado cenário nacional. O nosso caminho é ser proativo e oferecer propostas para a defesa dos nossos trabalhadores. Vamos mudar a fórmula. Os políticos têm de nos ouvir.
Em 2015, fizemos o 3° Congresso e a discussão foi sobre reformas. Falamos, na época, o que precisava ser feito na Previdência, na Política e em outras áreas, mas sem sugerir como. Pra começar, o melhor caminho, me parece, é aproveitar os novos deputados que serão eleitos.
É lá dentro, na Câmara Federal, que são feitas as leis e tudo o que é importante para os trabalhadores e para a sociedade. Estão chegando as inovações eletrônicas, através da 4.0 e do 5G. Este já está em 12 estados brasileiros. São as novas fronteiras do capitalismo, podemos assim dizer.
Vão trazer novidades nos empregos, mas também muitos deles serão destruídos e substituídos por computadores ou centros de digitalização. Aqui em São Paulo, teremos esse problema em grande escala. Para os deputados eleitos por aqui, vamos pedir projetos de qualificação profissional.
O mesmo pode ser feito em outras capitais, com seus problemas específicos. Nossos ensinos fundamental e médio são muito ruins. Talvez algum companheiro pense em desenvolver mais cursos técnicos. E assim por diante. O importante é que tenhamos sugestões para defender e representar bem nossos trabalhadores. Compartilhe suas opiniões e experiências.
O importante é construir uma luz no fim do túnel. Pelo menos para ver o tamanho dele.
Ricardo Patah – Presidente Nacional da UGT