Debates sobre a atual crise econômica social, os impactos na população jovem do país,a violência contra as mulheres, diversidade, tecnologia e as eleições deste ano deram o tom no encontro das Redes de Mulheres e de Jovens da UNI Brasil. As reuniões da 10ª Oficina de Formação ocorreram entre 14 e 16 de julho na sede dos comerciários em Praia Grande. O Sindicato da Saúde de Jaú e Região foi representado pela presidente Edna Alves e pela diretora Maria Vilma.
Discutir o papel da juventude nas transformações sociais, no mundo do trabalho e no desenvolvimento sustentável foram alguns dos objetivos da IV Oficina de Formação de Juventude organizada pela UNI Juventude Brasil, braço da UNI Global Union, uma entidade internacional que congrega sindicatos em 150 países, reunindo mais de 20 milhões de trabalhadores em todo o mundo.
O SINSAÚDE de Campinas publicou em seu site um resumo dos debates acerca do tema juvnetude, no evento que teve apoio das centrais CUT, UGT e Força Sindical. Um sucesso, “com jovens engajados e comprometidos em construir um país inclusivo”. Abaixo, trechos da reportagem:
ARTICULAÇÃO
Para a vice-presidente do Sinsaúde, Juliana Machado, a missão entregue aos jovens militantes é muito importante porque requer que avance além das trincheiras dos segmentos que suas entidades representam.
“Temos que articular sindicatos, movimentos sociais e estudantis, comunidades, trabalhadores empregados e desempregados numa grande mobilização para mudar a conjuntura política atual, mudando o executivo e elegendo um legislativo coerente com as nossas lutas”, avalia.
CRISE
A primeira mesa da Oficina de Formação de Juventude debateu a “Análise da crise economia e social para a juventude” e também os “Desafios e possibilidades para as pautas da juventude”. Na segunda mesa, tratou sobre a questão do meio ambiente com o tema: “Transição justa e desenvolvimento sustentável na perspectiva da classe trabalhadora”.
Leandro Barreto, presidente da subsede do Sinsaúde em Limeira, também esteve presente na atividade e gostou muito dos temas abordados. “Os painéis trataram sobre a realidade atual do jovem pobre, negro, de periferia, sem voz, que entra num mercado de trabalho mais precário. É preciso que o movimento sindical discuta cada vez mais a pauta da inclusão social e da importância do meio ambiente para promover o desenvolvimento com sustentabilidade”, pondera.
MULHERES
Na Oficina de Formação Rede Mulheres da UNI Brasil, discutiu-se temas emergentes e pulsantes da política direcionada às mulheres, como a Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata de como evitar e remediar o assédio e violência no trabalho. Também se falou de política de gênero, diversidade, inclusão, tecnologia e desemprego entre as mulheres.
“A violência de gênero é estrutural, isso quer dizer que é uma construção histórica, que assola nossa sociedade. Então, precisamos da responsabilidade de todas e de todos para combater essa violência, estabelecer uma cultura em que todos nós participemos do acolhimento à vítima, tanto no momento da denúncia quanto na devida responsabilização dos autores da violência”, destacou a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes, durante sua fala de abertura. “Por isso, reforçamos a importância da ratificação da Convenção 190, que traz medidas para coibir a violência de gênero”, completou.
Com informações de Sinsaúde Campinas e Contraf-CUT