Aparecida Corazza Alves tem 70 anos de idade e 50 de profissão; vereadores fizeram homenagem e citam o Dia Estadual do Trabalhador da Saúde
Aparecida Corazza Alvez, técnica de enfermagem, sindicalista e diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Jaú e Região teve seu momento de reconhecimento na Câmara de Jahu. Ela foi homenageada por meio de Moção de Aplausos e Congratulações aprovada por unanimidade.
Cida tem 70 anos de idade e 50 anos de profissão. A homenagem foi por ocasião do Dia do Trabalhador da Saúde, a ser celebrado no dia 12 de maio tanto em nível municipal como estadual. A autoria do projeto é do vereador Bill Luchesi, mas teve apoio dos colegas Chico Quevedo e Dr. Segura.
Todos entregaram à Cida Corazza uma placa em homenagem à profissional da saúde. Familiares de Cida, incluindo esposo, filhas e neto, estiveram na sessão e entregaram flores. Da mesma forma, a diretora do Sindicato da Saúde de Jaú e Região, Sofia Borges, entregou flores à homenageada. Ela representou a presidente do sindicato, Edna Alves.
Um vídeo com depoimentos e declarações foi reproduzido pela TV Câmara, com destaque para as palavras de Edna Alves e do presidente da Federação Paulista da Saúde, Edison Laércio de Oliveira. Ambos cumprimentam Cida pela longa carreira profissional , pela atuação sindical e pelo exemplo aos mais jovens da categoria.
Após a homenagem, Cida Corazza disse que estava muito emocionada, até mais do que em 2016, quando foi uma das 13 profissionais da saúde homenageadas na Sessão Solene da Alesp, também par celebrar o dia do trabalhador da saúde. "Lá que não conhecia quase ninguém. Aqui em Jaú conheço todo mundo", comentou, citando que só na Santa Casa de Jahu, onde trabalha , são mais de 1.500 colegas de profissão.
A técnica de enfermagem reconhece que, em nome dela, toda a categoria foi homenageada na Câmara. Considera-se uma pessoa privilegiada chegar aos 70 anos ainda trabalhando. "Nem imaginava que chegaria a 50 anos de trabalho na enfermagem. Em 2016, quando recebi a homenagem dos deputados, achei que era por que iria morrer logo", brincou, lembrando de doença que ela superou há alguns anos,
JUSTIFICATIVA - “...nestes 50 anos de profissão e dedicação conquistou o respeito e o reconhecimento de muitos chefes, superiores e estagiários que se inspiraram na sua dedicação no desempenho da profissão”, diz trecho da moção, justificando a escolha. Também assinam o documentos os vereadores Chico Quevedo e José Aparecido Segura Ruiz.
ESTADUAL - Em 2016, Cida Corazza foi uma dos 13 trabalhadores da saúde homenageados em sessão solene na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, por conta das comemorações do Dia Estadual do Trabalhador da Saúde. Todo ano ocorre homenagem como essa – em 2020 será no dia 13 de maio.
LUTA SINDICAL - Em janeiro deste ano, o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Jaú e Região fez uma homenagem singela à Cida Corazza, pelos 50 anos de profissão. Ela é sócia do sindicato deste 1978 e está na diretoria há vários mandatos. Sempre foi presença atuante nas ações do sindicato em defesa da categoria, incluindo passeatas pró piso nacional e jornada de 30 horas, greves em porta de hospital por melhores salários e outras melhorias para os colegas de profissão.
Foi numa das lutas em que ela fez parte que a categoria da saúde conquistou a cesta básica, um pioneirismo na cidade há 36 anos. A presidente do Sindicato, Edna Alves, agradece à iniciativa da Câmara e lembra que além de moção e aplausos, o profissional da saúde precisa ter reconhecimento financeiro pelo trabalho de salvar vidas. A luta agora é para que entre em vigor o piso nacional aprovado pelos deputados e que o trabalhador receba, de fato, um salário mais justo.
Vida dedicada - A jauense Cida Coraza nasceu em setembro de 1951. É técnica de enfermagem e sócia do Sindicato da Saúde desde 1978, tendo participado da fundação da entidade, quando ainda era uma associação. “Desde o início do meu trabalho sempre trabalhei à noite. Antes, entrava às 22h e saía às 6h. Agora faço a jornada 12 x 36”, diz Cida.
“Meu primeiro emprego foi na Santa Casa de Jaú. Entrei nesse hospital em janeiro de 1972, trabalhei muitos anos e saí para ser técnica no Hospital Amaral Carvalho, onde fiquei por 16 anos. Voltei para a Santa Casa, onde me aposentei e continuo lá até hoje”, conta Cida.