07 de abril de 2022, se torna um dia histórico para a classe trabalhadora no momento em que ainda estamos vivendo uma pandemia e com um governo que quer acabar com o Brasil. A Conclat 2022 é o momento de unir a classe trabalhadora por um mesmo objetivo. Derrubar o Bolsonaro, acabar com o bolsonarismo e ter um modelo econômico que acabe com a desigualdade do Brasil
Já no início da Conclat, ocorreu a apresentação do rapper brasiliense GOG, mostrando em sua letra a realidade vivida pelas pessoas pretas e pobres do país que vivem nas periferias e que mais sofrem com a grave crise.
“Uma encruzilhada histórica”, foi assim que resumiu o presidente da CTB, Adilson Araújo, durante a sua fala que ainda destacou que 2022 é o momento de definirmos um caminho para o desenvolvimento do país ou se ficaremos “reféns dessa barbárie neofascista”.
Para Adilson Araújo, o atual governo se esforça para o Brasil se tornar novamente uma colônia. Com a acelerada desindustrialização, o país corre o risco de se tornar uma grande fazenda um polo de serviços e ele reafirmou qual a importância da Conclat.
“A Conclat simboliza o caminho para o resgate de um novo projeto nacional de desenvolvimento, que interrompa essa vassalagem. Eles se esforçam para transformar o Brasil em uma nova colônia”.
O presidente da CSB, Antonio Neto, reforçou que não adianta somente derrotar o Bolsonaro, mas é necessária uma mudança econômica e um plano nacional de desenvolvimento, só assim conseguiremos ter um país forte e grande.
“O Brasil precisa passar por uma reforma bastante grande. Começa por um projeto nacional de desenvolvimento. Não é só tirar o Bolsonaro. Precisa acabar com esse tripé macroeconômico perverso. Essa história tem que ter superávit primário, câmbio flutuante e meta de inflação”, disse Neto.
A revogação de medidas que tiraram os direitos dos trabalhadores também foi a tônica da fala de Neto. Ele diz: “Queremos a revogação da reforma trabalhista e previdenciária e não aprovação da PEC32”.
“A vida das mulheres não é fácil”, foi assim que Juneia Batista, membro do Fórum das Mulheres da Centrais Sindicais foi falar para o público. Ela ressalta que o ano de 2022 é o momento de garantir políticas públicas para combater as diversas opressões vividas pelos mais pobres, principalmente as mulheres que são as que mais sofrem.
“A nossa ideia é garantir às mulheres no mundo do trabalho. Durante essa pandemia quem mais sofreu foram as mulheres”, falou Juneia, que ainda destacou a discriminação racial e que o Brasil é o país que mais mata mulheres trans no mundo.
Eduardo Maia, secretário geral da NCST, destacou a importância da unidade das centrais sindicais ao propor uma agenda para o desenvolvimento nacional que contempla a defesa da democracia, o crescimento econômico, a garantia de direitos trabalhistas e justiça social, como pilares de uma nação justa, humana e fraterna.
“Compromisso com o Brasil”, assim define Maia sobre o documento apresentado pela classe trabalhadora no dia de hoje.
Desde o início do evento, o Fora Bolsonaro estava na garganta de todos e foi com o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, esse grito foi solto após ele dizer: “A nossa principal motivação é tirar o Bolsonaro e depois, eleger nossos representantes para o Congresso Nacional”. E todos começaram a gritar “Fora Bolsonaro”.
“A unidade sindical é fundamental”, assim começou o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre e falou sobre cada central sindical ter se reunido para ter um documento unitário sem a necessidade de deixar de lado suas características.
“O que nos une, é a consciência do momento que o Brasil vive que é muito grave”, disse Nobre.
Estamos há 7 meses das eleições de outubro e é a eleição que definirá o futuro do país e o presidente da CUT disse: “Nós precisamos derrotar o fascismo e recolocar o nosso país no caminho do crescimento, do desenvolvimento e recuperar a soberania”.
A Pauta da Classe Trabalhadora deve ser um instrumento de luta, de reivindicação, organização dos trabalhadores e o desafio agora é levar essa pauta para as bases e conscientizar os trabalhadores da importância da união e da construção de um país melhor para todos.
Nobre ainda destacou que, nesse momento em que a população passa fome, os sindicatos devem ser um ponto de apoio para essas pessoas, com distribuição de mantimento, mas também de chamar para a luta.
Todos os presentes receberam o documento com a Pauta da Classe Trabalhadora e com todos em pé foi aprovado o instrumento de luta dos trabalhadores brasileiros.