O Hospital Thereza Perlatti (ABTP) não pagou os funcionários nesta sexta-feira (6/08) e não deu prazo de quando vai fazer o pagamento. A expectativa é que demore uma semana ou mais pra que os cerca de 260 funcionários recebam os valores devidos.

Diante disso, o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Jaú e Região entrou em cena,mesmo porque tinha de averiguar a qualidade dos produtos da cesta básica. Metade da cesta foi reprovada. 

TROCA DE CESTA - Os funcionários foram orientados a levar ou não a cesta para casa. Quem recusou, vai ter direito a uma cesta com produtos de mais qualidade posteriormente. Isso ficou acertado em conversa entre a presidente Edna Alves e o gestor Andrey Negrone.

Edna esteve o hospital pela manhã e viu os produtos, apontando qualidade ruim em produtos como arroz, macarrão e outros, além de embalagem danificada de bolacha e produto errado no sabão (convença coletiva prevê 5 sabão em pedra e o hospital entregou 500g de sabão em pó).

Ao cobrar a troca dos itens ruins da cesta antes da distribuição, Edna foi informada pelo gestor que não teria como fazer isso. Ela, então, disse que falaria com o presidente Antonio Rossi. De pronta foi interrompida por Andrey, dizendo que quem resolve isso a gestão e não a presidência do hospital. 

PAGAMENTO – Em relação ao atraso no pagamento de salários, Edna Alves cobrou o gestor do hospital logo cedo. Segundo ele, o Estado atrasou a liberação dos recursos do convênio, por isso ficou sem dinheiro. E não deu prazo para quitar o salário da equipe de trabalhadores. 

Dois dias antes, em reunião na sede do sindicato, onde Andrey Negrone falou de suposta “transparência na gestão”, em momento algum ele informou ao Sindicato que o pagamento dos salários no quinto dia útil estava ameaçado. 

O atraso veio a público na noite de quinta-feira, um dia antes de o salário cair na conta dos funcionários. O Sindicato da Saúde teve acesso a um áudio de uma pessoa alheia à administração do hospital  no qual informa os trabalhadores de que o pagamento não seria feito. 

“Como pode alguém que toma conta da cantina do hospital ter mais acesso aos gestores do que os administradores? Quem deveria informar era o Departamento Pessoal, o próprio gestor ou o presidente”, diz Edna Alves. No áudio, segundo ela, a pessoa diz que estava na sala do gestor naquele momento e que ficou sabendo o hospital iria “dar calote” nos funcionários.

O Jurídico do Sindicato foi acionado para tomar as providências necessárias.