A primeira assembleia geral com funcionários da Santa Casa de Jahu serviu para que o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Jaú e Região ficasse a par da real situação dos atrasos no hospital. Uma nova reunião será realizada nesta quinta-feira, dia 17, às 18h, na sala de reuniões do hospital.

Na reunião realizada na segunda-feira não chegou a ser colocada em votação a proposta do Estado de Greve, tendo em vista a baixa participação dos trabalhadores. Mesmo com salários em atraso, sem FGTS e sem férias em dia, eles temem represálias – a administração nega a possibilidade disso.

A presidente do Sindicato, Edna Alves, disse que “a possibilidade de greve está mantida”, mas lamenta a baixa presença dos trabalhadores. “Só podem estar com medo de represálias, mas eles precisam entender que o Sindicato não pode decretar greve sem os funcionários. Eles precisam participar e decidirem o que vão fazer. Estamos buscando uma solução pacífica, mas parece que as vias judiciais não resolvem mais”.

A Santa Casa de Bariri não paga em dia, não deposita FGTS, não cumpre convenção coletiva e nem acordos realizados para pagarem os reajustes em atraso. Enfim, são várias ações em andamento. As vias judiciais foram acionadas. Talvez o caminho seja mesmo a greve.

“A mesa administrativa (interventores) da Santa Casa diz que dinheiro o hospital tem para pagar, mas que está bloqueado pela justiça por conta de ações desde a época da administração da Vitale”, disse Edna. “Pediram um prazo maior para tentar uma solução. Vamos ter essa reunião na quinta-feira também com a presença do Conselho.”

Edna não aposta que desta vez seja diferente e tenha uma solução. “A gente sempre tem um pé atrás, mas estamos tentando acreditar que vai ser diferente. Nem a convenção coletiva a Santa Casa está cumprindo. Na quinta-feira vamos ver se define pela greve ou não. Se os trabalhadores estiverem contentes com a situação e não participarem da reunião não podemos fazer nada.”