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'Tapa na cara': Bolsonaro responde à Copa América com uma rapidez que faltou para as vacinas 01/06/2021


01/06/2021
 

“O governo brasileiro demonstrou agilidade e capacidade de decisão em um momento fundamental para o futebol sul-americano.” Foi assim que o presidente da Conmebol (confederação que comanda o futebol na América), Alejandro Domínguez, classificou a disposição de Jair Bolsonaro em aceitar sediar a Copa América, mesmo com o Brasil prostrado diante da pandemia da covid-19. Essa mesma agilidade, porém, faltou na hora de garantir vacinas para conter a doença. O presidente teve a oportunidade de fazer a compra de 70 milhões de doses em agosto do ano passado, mas só assinou contrato em março deste ano. A comparação foi feita pelo narrador e jornalista Luís Roberto, no canal SporTV, na tarde desta segunda-feira (31). 

Tanto Luís Roberto, no canal pago da Globo, como Juca Kfouri, em comentário na rádio CBN e no portal UOL, utilizaram a expressão “tapa na cara” para classificar a desfaçatez do governo de Jair Bolsonaro (veja vídeos abaixo). “O presidente (Rogério) Caboclo (da CBF) conversou com o presidente Jair Bolsonaro, que apoiou a iniciativa de imediato. Também teve o aval dos ministérios da Casa Civil, da Saúde, das Relações Exteriores e da Secretaria Nacional do Esporte”, acrescentou Alejandro Domínguez, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. O paraguaio ainda tentou minimizar a crise que assola o país, afirmando que “o Brasil vive um momento de estabilidade (em relação à pandemia)”.
 
Sem noção
O paraguaio parece não estar ciente da gravidade da crise sanitária no país que achou para sediar a Copa América após a desistência de Colômbia e Argentina. O Brasil registra média móvel diária de casos acima de 50 mil desde 25 de fevereiro e acima de 1,8 mil mortes desde 13 de março. Ao todo, já são cerca de 16,5 milhões de infectados e 460 mil vítimas. É o terceiro do mundo em casos e o segundo em mortes.
 
Na América do Sul, apesar de ter aproximadamente o mesmo número de habitantes de todos os vizinhos de continente somados, o Brasil tem cerca de 4 milhões de casos e 147 mil mortes a mais do que todos eles juntos (12 milhões e 315 mil). A Argentina desistiu de receber o torneio justamente por conta da gravidade da pandemia por lá. Com 45 milhões de habitantes, registram 3,8 milhões de casos e 77 mil mortes. Os números são da Worldometers.
 
Prioridades?
Se foi ágil para receber a Copa América, o governo Bolsonaro andou no sentido oposto para comprar vacinas contra a pandemia da covid-19. Segundo depoimento na CPI da Covid dado pelo CEO regional da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, o presidente e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello ignoraram três ofertas apresentadas pela empresa em agosto do ano passado para a aquisição de 70 milhões de doses do imunizante. Os contratos foram assinados somente em 18 de março.
 
Murillo também confirmou que o presidente mundial da Pfizer, Albert Bourla, enviou carta ao governo brasileiro, em setembro do ano passado. O documento reafirmava as propostas apresentadas até aquele momento. E explicitava o interesse da empresa em chegar a um acordo com o país. Segundo ele, a correspondência foi endereçada ao presidente Jair Bolsonaro, ao vice-presidente, Hamilton Mourão, ao então chefe da Casa Civil, Braga Neto, e a Pazuello. Também constavam como remetentes o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o embaixador brasileiro nos Estados Unidos, Nestor Foster. De acordo com o executivo, não houve resposta a essa comunicação por parte do governo brasileiro.
 
Escárnio, desrespeito, horror
Além do “tapa na cara” citado por Juca Kfouri e Luís Roberto, profissionais da imprensa esportiva brasileira foram às redes sociais criticar a Copa América no Brasil. “O casamento perfeito entre uma entidade negacionista e um país negacionista. Parabéns aos envolvidos”, disse André Rizek, também do SporTV. Paulo Vinícius Coelho, do mesmo canal, afirmou que a realização do torneio “é desrespeito e merece novo movimento: “Não vai ter Copa América”. Gian Oddi, da ESPN, retuitou um texto do também jornalista Jamil Chade em que ele classifica a decisão como um “escárnio e revela que autoridades – do futebol e da política – simplesmente não respeitam vidas, e nem mortes”.
 
Milly Lacombe, colunista do UOL, cravou que a “Copa América no Brasil é uma deliquência moral”. Luis Augusto Símon, o Menon, que assina um blog no UOL, qualificou como “escárnio” e “falta de respeito”. Chamou a decisão de Bolsonaro de “risada sobre pilhas de cadáveres” e “horror”. Lívia Laranjeira, repórter do SporTV usou de ironia: “A pandemia acabou?” e Renato Maurício Prado, da Fox Sport, afirmou que “qualquer pessoa de bom-senso sabe que não faz o menor sentido insistir na realização desse torneio mequetrefe (que agora é realizado quase que ano após ano) em meio a uma pandemia que devasta a América do Sul”.
 
Fonte: Rede Brasil Atual
 
 
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