O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou, em live nesta quinta-feira (15), a decisão da ministra Cármen Lúcia em determinar o prazo de cinco dias para que o presidente da Câmara, Arthur Lira, dê explicações sobre não prosseguir com o processo de impeachment do presidente da República.
Bolsonaro leu a notícia veiculada na imprensa nesta semana e afirmou: "Só Deus me tira da cadeira presidencial".
"Cármen Lúcia dá cinco dias para o presidente da Câmara Arthur lira explicar porque não abriu o processo de impeachment contra Bolsonaro. Realmente eu acho que alguma coisa de errado, ou algo de muito errado vem acontecendo no Brasil, vamos ver se procede a informação, tá na mídia agora. Qual o encaminhamento o Arthur Lira vai dar a isso? Vamos encontrar em outro lugar pra discutir isso daí. "Não quero me antecipar, mas só digo uma coisa, só Deus me tira da cadeira presidencial. O que nós estamos vendo acontecer no Brasil não vai se concretizar, não vai mesmo", disse Bolsonaro.
Antes de encerrar a transmissão desta quinta-feira, Bolsonaro leu novamente a nota sobre decisão da ministra e comentou: "Boa noite, fique tranquilo que eu vou dormir tranquilíssimo essa noite e vamos ver o desenvolver dessa notícia do nosso Supremo Tribunal Federal".
O presidente também comentou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), desta quinta-feira (15), em anular as condenações do ex-presidente Lula e torná-lo elegível para as eleições presidenciais de 2022.
"Pela decisão do Supremo, hoje o Lula é candidato, faço a comparação dos ministros do Lula para os nossos ministros, se o Lula voltar pelo voto direto, tudo bem, agora veja qual será o futuro do Brasil. Se o Lula for eleito, três meses depois ele vai escolher mais dois ministros para o STF. Acho que a conclusão cabe a todos vocês".
Em live realizada com o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, Bolsonaro comparou números entre os governos anteriores e afirmou que a decisão do STF terá influência no Supremo após uma possível eleição de Lula.
"Não estou dizendo que sou o melhor do mundo, mas está previsto eleições para 2022, o Lula vai estar lá, quem seria outro que iria com Lula para segundo turno, é só fazer o raciocínio. Eu até lá já terei 68 anos, já estou no lucro, veja o que o futuro reserva para vocês e o que essa decisão de hoje do STF praticamente anulando as condenações do Lula e mais duas vagas do supremo para o PT", afirmou.
Compra de vacinas
Jair Bolsonaro falou sobre a conversa vazada pelo senador Jorge Kajuru. Em entrevista à CNN, o senador acusou Bolsonaro de não ter realizado a compra de vacinas da Pfizer ao ser procurado pelo presidente da farmacêutica.
“O Kajuru gravou para a CNN e disse que eu havia dado um chá de cadeira de 10 horas no presidente da Pfizer”. O presidente justificou o que teria acontecido na ocasião. “Porque não compramos de outro laboratório? Porque tinha que passar pela Anvisa, eu não posso comprar uma vacina que será aplicada nas pessoas sem a liberação", disse.
Ação dos governadores
Bolsonaro voltou a criticar as medidas restritivas impostas pelos governos e prefeituras, a fim de conter a disseminação do novo coronavírus no Brasil.
“Sabemos que o auxílio-emergencial é um valor pequeno, mas é o que podemos dar no momento, quem tirou o seu emprego foi o seu governador, quem achar que é pouco, faz uma pressão no seu governador, já que ele fechou tudo e fez saldo de caixa ano passado, ele pode complementar esse auxílio-emergencial para vocês”.
Sobre o tema, Bolsonaro concluiu afirmando que “essa política do fica em casa, esse super poder que o Supremo deu aos governadores e prefeitos, vai ter uma consequência”.
Fonte: CNN