A China decidiu priorizar a vacinação contra a Covid-19 no país para superar os números atingidos pelos Estados Unidos, que alcançaram 4 milhões ao dia. A meta é imunizar 40% da população até junho, o que daria 5 milhões de chineses por dia.
Esta seria a principal razão para a aparente trava na exportação do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), insumo essencial para a fabricação de vacinas contra a Covid-19 em outros países -- é o caso do Brasil, que vacina a sua população com dois imunizantes, o de Oxford e o da Coronavac, que depende do ingrediente importado.
Nesta quarta-feira (7), o Instituto Butantan suspendeu a produção de novas doses da Coronavac diante da falta de insumos.
Até recentemente, a China tinha preferido fazer a "diplomacia da vacina", ao utilizar sua ampla capacidade de produção dos insumos como ferramenta de aumentar a sua influência política internacional. A avaliação de momento no país é que é preciso ampliar ainda mais a capacidade, para dar conta da demanda interna e externa.
Os chineses tinham se dado ao luxo de colocar a vacinação interna em segundo plano por vir de meses praticamente sem registro de novos casos da Covid-19. Apesar de parecer um número baixo em comparação com o Brasil, que confirmou mais de 92 mil novos casos nas últimas 24 horas, os 32 casos novos registrados na última segunda-feira (5) alarmaram o país.
Além da questão logística, a China também está empreendendo uma mobilização do país para aumentar a vacinação, pois a população não se sente incentivada a tomar a vacina, já que a doença já não faz parte do dia a dia há meses. As autoridades municipais estão oferecendo brindes como ovos e vouchers de compras em supermercado para estimular a imunização.
Fonte: CNN