Após terminar 2020 em queda, o número de mortes de profissionais de enfermagem por covid-19 voltou a acelerar neste ano no Brasil, acompanhando o recrudescimento da pandemia em todas as regiões e mesmo com a categoria fazendo parte dos grupos prioritários de vacinação.
Antes de terminar, março já se tornou o mês em que mais houve mortes de enfermeiros, técnicos, auxiliares de enfermagem e obstetrizes por causa do novo coronavírus. Foram 114 óbitos até terça-feira (30), segundo levantamento do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).
A marca supera o recorde anterior, de 108 mortes, registrado em julho passado, auge da primeira fase da doença no país, de acordo com o Observatório da Enfermagem, órgão da Cofen criado para acompanhar os casos de covid-19 na categoria.
Com a escalada atual, o Brasil alcançou a marca de 699 trabalhadores de enfermagem vítimas da doença em pouco mais de um ano de pandemia. O Cofen afirma que esse total responde por quase um quarto (23%) do total de mortes pela covid-19 entre os profissionais da categoria em todo o mundo, segundo dados do Conselho Internacional de Enfermagem.
O que podemos observar é que somente a vacina não basta. Se não seguirmos as medidas sanitárias, se não tivermos o EPI [Equipamento de Proteção Individual) adequado e se a população não manter os cuidados com o isolamento, nós vamos cada vez mais expor os nossos profissionais da saúde. Eduardo Fernando de Souza, enfermeiro e coordenador do Gabinete de Crise/Covid-19 do Cofen.
Fonte: Cofen