Pelo menos 17 mil profissionais de saúde morreram de covid-19 em 2020 em todo o mundo, segundo relatório da Anistia Internacional (AI), que apela para uma “ação urgente” para acelerar a vacinação destes trabalhadores “altamente expostos” e várias vezes “desprotegidos”.
De acordo com o documento, a cada 30 minutos um profissional de saúde morre com covid-19. Trabalhadores em todo o mundo colocaram as suas vidas em risco para tentar manter as pessoas protegidas contra a covid-19, mas muitos foram deixados desprotegidos e pagaram o preço mais elevado. O trabalho de análise envolveu dados divulgados por Governos, sindicatos, imprensa e organizações da sociedade civil em mais de 80 países.
As organizações admitem que os números serão, provavelmente, superiores, já que nem todos os Estados reuniram informação oficial ou só o fizeram de forma parcial.
Perante o cenário global, e para proteger milhões de trabalhadores do setor da saúde em todo o mundo, as três organizações apelam a uma “ação urgente” para acelerar o processo de vacinação “de quem continua na linha da frente”. O pedido das organizações, que surge igualmente como um alerta, acontece num momento em que persistem as desigualdades no acesso às vacinas contra a doença covid-19.
Até agora, segundo mencionam, mais de metade das doses foram administradas em apenas 10 países considerados ricos (representando menos de 10% da população mundial) e mais de 100 países ainda não vacinaram uma única pessoa, entre os quais estão muitos países considerados mais pobres que devem receber os primeiros lotes de vacinas somente nas próximas semanas.
Nesse sentido, as três organizações pedem aos Governos que incluam todos os profissionais de saúde da linha da frente nos seus planos de distribuição e que proporcionem condições de trabalho seguras. Sem esquecer, frisam as mesmas organizações, os trabalhadores de limpeza, agentes comunitários e assistentes sociais, que têm sido frequentemente negligenciados durante a pandemia.
A pandemia da doença covid-19 provocou pelo menos 2.560.789 mortos no mundo, resultantes de mais de 115,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Fonte> Isto É Dinheiro