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SP completa um mês de vacinação contra a Covid-19 com 3,1% da população imunizada e sem data para vacinar todos os idosos


17/02/2021
 

O estado de São Paulo completou nesta quarta-feira (17) um mês do início da vacinação contra a Covid-19, mas ainda não há data definida para que todos os idosos com mais de 60 anos comecem a receber a primeira dose. 

Dentro dos grupos prioritários no estado já começaram a receber a vacina os profissionais de saúde, indígenas, quilombolas, idosos que vivem em instituições e idosos com mais de 85 anos. Segundo o governador, João Doria (PSDB), todos os quilombolas e indígenas já foram vacinados.
 
A vacinação da faixa etária entre 80 e 84 anos está prevista para começar em 1º de março, mas para os outros idosos ainda não foi divulgada data.
 
Em nota, a secretaria estadual da Saúde de São Paulo disse que "a vacinação dos idosos com menos de 80 anos, assim como demais públicos prioritários, depende diretamente da sinalização de mais remessas do governo federal" e que, por não ter "uma perspectiva clara de incorporação de novas vacinas e entregas", o governo o tem sido "cauteloso e responsável para definir as próximas fases da campanha considerando parâmetros sólidos e concretos" (leia a nota completa abaixo).
 
Segundo o último balanço da pasta, 1.679.711 doses haviam sido aplicadas até as 19h45 de terça-feira (16), sendo 1.463.311 aplicações de primeira dose e 216.615 de segunda dose. O número de pessoas que recebeu pelo menos uma dose da vacina representa 3,1% do total da população do estado, que é de aproximadamente 46 milhões de pessoas. 
 
O número de doses aplicadas representa 63% do montante distribuído pelo governo estadual aos municípios. De acordo com dados da Secretaria Estadual da Saúde, as cidades do estado receberam 2.644.660 doses de vacinas contra Covid-19 até o dia 16 de fevereiro (leia mais abaixo).
 
Inclusão de novos grupos
A vacinação no país deve seguir o Plano Nacional de Imunização (PNI), que define quais pessoas devem ser vacinadas primeiro. No entanto, ainda não há doses suficientes no país para imunizar todas as 77 milhões de pessoas que fazem parte dos grupos considerados prioritários pelo Ministério da Saúde.
 
Os estados e municípios têm autonomia para definir seus calendários de vacinação, e várias cidades no país estão vacinando profissionais da saúde que não estão na linha de frente do combate à Covid-19, como biólogos, terapeutas e psicólogos.
 
Em São Paulo, 21 das 39 cidades da Região Metropolitana escolheram vacinar profissionais como veterinários, educadores físicos e nutricionistas de todas as idades antes de ampliar a vacinação para os idosos. Na capital, esses profissionais só podem ser vacinados a partir dos 60 anos.
 
A escassez da vacina fez com que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski determinasse no dia 8 de fevereiro que governo defina uma ordem de preferência, entre os grupos prioritários, para orientar a vacinação contra a Covid-19.
 
Segundo Lewandowski, não está claro qual desses grupos deveria ser atendido primeiro. A ideia é que o governo organize essas populações em uma lista de preferência, utilizando como critério o grau de risco da Covid-19 a cada grupo.
 
Pelo país, várias prefeituras já começaram a suspender a vacinação por falta de imunizantes.
 
Em São Paulo, alguns municípios que ainda têm doses disponíveis decidiram antecipar a vacinação de idosos de 80 a 84 anos em relação ao calendário estadual. Em Diadema, esse público começou a receber as doses nesta terça-feira (16). Em Carapicuíba, a vacinação desta faixa etária começa na quarta-feira (17).
 
A Prefeitura de São Paulo ainda não tem previsão de quando começará a vacinar os idosos com menos de 80 anos, segundo nota enviada pela Secretaria Municipal de Saúde nesta terça-feira. No início de fevereiro, o secretário Edson Aparecido chegou a afirmar que a expectativa era de que todos os idosos com mais de 60 anos fossem vacinados na capital em meados de março, mas condicionou a previsão à chegada de novas doses.
 
Ainda de acordo com a secretaria, 394.444 pessoas foram imunizadas com a primeira dose da vacina contra a Covid-19 na capital paulista; e 39.647 já receberam a segunda aplicação, totalizando 434.091 doses.
 
Novos lotes de vacina
O governo de São Paulo calcula que os municípios do estado receberam 2.644.660 doses de vacinas contra Covid-19 até o dia 16 de fevereiro, segundo o painel interativo Vacinômetro. A cidade de São Paulo é a que recebeu maior montante, com 883.286 doses.
 
Este número inclui doses da CoronaVac, desenvolvidas pelo Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, e também da vacina de Oxford/AstraZeneca, fabricadas na Índia e importadas pela Fiocruz.
 
O painel do Ministério da Saúde, no entanto, calcula que o estado de São Paulo recebeu um número menor: foram 2.108.548 doses de vacinas contra Covid-19, entre lotes da CoronaVac e da vacina de Oxford/AstraZeneca, segundo a pasta.
 
O governo estadual não divulgou nenhuma previsão de quando deve receber mais doses de vacina contra Covid-19 , além das que já foram distribuídas para as cidades. O avanço da campanha depende, principalmente, da liberação de novos lotes de vacina pelo Instituto Butantan, que forneceu a maior parte das doses usadas para a imunização no estado – cerca de 75% das vacinas aplicadas no estado de São Paulo foram da CoronaVac.
 
O Ministério da Saúde assinou nesta segunda-feira (15) um contrato com o Instituto Butantan para o fornecimento de 54 milhões de doses da vacina Coronavac para todo o país. As 54 milhões de doses se somam às 46 milhões já adquiridas pela pasta junto ao instituto, totalizando 100 milhões de doses da CoronaVac para o governo federal, que devem ser entregues até setembro. 
 
Segundo o Ministério da Saúde, o Butantan deve entregar 52 milhões de doses da CoronaVac para o governo federal até o final de abril. Antes, a previsão do governo federal era receber 46 milhões de doses até esta data.
 
O G1 procurou o Butantan para confirmar o cronograma de entregas divulgado pelo Ministério da Saúde, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.
 
Fonte: G1
 
 
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