Presidente sofreu uma queda de popularidade com o fim da medida. Sem conseguir tirar do papel um programa social como carro-chefe do governo, o mandatário corre para ampliar o Bolsa Família a partir de fevereiro
O presidente Jair Bolsonaro negou, nesta segunda-feira (25/01), que o auxílio emergencial será prorrogado em 2021. Segundo o chefe do Executivo, o benefício não é uma aposentadoria. A declaração foi feita a um apoiador na entrada do Palácio da Alvorada. Ao ser questionado pelo homem sobre um novo auxílio, o mandatário rebateu:
"Não, eu não vou... converso isso com o Paulo Guedes, contigo não. A palavra é emergencial. O que é emergencial? Não é duradouro, não é vitalício, não é aposentadoria. Lamento muita gente passando necessidade, mas a nossa capacidade de endividamento tá no limite", alegou.
Bolsonaro sofreu uma queda em sua popularidade com o fim da medida. Agora, sem ter conseguido tirar do papel um programa social para chamar de seu, ele corre para fazer mudanças no Bolsa Família a partir de fevereiro.
Em meio à pressão de senadores em prorrogar o auxílio emergencial, no começo de janeiro, o presidente se posicionou contra a medida afirmando que o governo não tem condições de transformar a ajuda em uma ação vitalícia. Na data, foi irônico ao rebater a questão.
"No começo, [auxílio no valor de] R$ 600. Então, vamos pagar para todo mundo R$ 5 mil por mês e ninguém trabalha mais, fica em casa. O homem do campo também, vai sair do campo e vai para a cidade, quero ver quem vai produzir”, disparou.