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Pandemia leva empresas a reduzir salários e adiar aumentos, mostra pesquisa


03/12/2020
 

Pesquisa da consultoria organizacional Mercer mostra que 94% das empresas implementaram redução de 3 a 4% no salário-base neste ano. As reduções são referentes a novas contratações, mudanças nas referências salariais ou ligadas ao programa do governo que permite a redução da jornada de trabalho. 

A pesquisa teve a participação de 718 empresas, abrangendo mais de 860 mil profissionais de todos os setores econômicos.
 
Outros dados da pesquisa mostram que 73% das empresas atrasaram os aumentos e 51% tiveram os reajustes planejados para 2020 afetados pela pandemia.
 
Segundo o líder de produtos de carreira da Mercer Brasil, Rafael Ricarte, apesar de a redução no salário ter sido concebida como uma medida emergencial e de caráter temporário, aproximadamente 5,4% das empresas pesquisadas indicaram que essa redução será permanente. 
 
Reajuste menor em relação a 2019
A pesquisa da Mercer mostra ainda que, entre as empresas que concederam aumento salarial, o reajuste médio foi de 2,5%, ante um índice de 4,4% em 2019. Ainda segundo o estudo, boa parte das empresas precisou atrasar a concessão dos aumentos devido aos efeitos econômicos provocados pela pandemia.
 
A pesquisa aponta também que 60% das empresas não planejam fazer nenhuma alteração no número de funcionários até o final do ano. Entre as 21% que deverão efetuar demissões, o maior percentual ocorrerá nos níveis operacionais e nas áreas de vendas.
 
Benefícios
Mesmo com a pandemia, as empresas pesquisadas relataram não ter a intenção de fazer grandes mudanças no pacote de benefícios oferecido aos funcionários. A grande novidade, entretanto, foi o aumento considerável na quantidade de organizações que pretende implementar o sistema de benefícios flexíveis.
 
"A disseminação da prática do home office despertou o interesse por novas alternativas que antes não eram tão cogitadas ou valorizadas. Um plano de benefícios flexíveis oferece ao empregado a opção pela escolha daqueles que fazem mais sentido para ele e sua família", afirma Ricarte.
Executivas ganham menos
De acordo com a pesquisa da Mercer, os salários de homens e mulheres permanecem mais ou menos equivalentes no nível gerencial. Já nas posições de diretoria, o salário médio das mulheres é inferior ao dos homens. No setor de Tecnologia, por exemplo, uma alta executiva recebe em média 34% a menos que um homem na mesma posição. No segmento de Life Sciences (Saúde e Farma), a diferença é de 29%.
 
Fonte: G1
 
 
Sindicato da Saúde Jaú e Região
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