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Centrais pedem auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro


04/09/2020
 

 As Centrais Sindicais emitiram nesta terça-feira (1) nota na qual condenam o corte de 50% no valor do auxílio emergencial para as parcelas que serão pagas até o mês de dezembro, como foi anunciado pelo governo. 

No documento, os líderes sindicais lembram que o pagamento do benefício é necessário e possível, destacando que o auxílio emergencial é ferramenta importante para ajudar a proteger os trabalhadores vulneráveis, que trabalham por conta própria, autônomos, ou assalariados sem registro em carteira, que tiveram sua situação muito prejudicada durante o período de crise econômica provocada pela pandemia. 
 
 
Nenhum real a menos
 
Centrais Sindicais propõem auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro
 
Começa já a pressão sobre o Congresso Nacional contra a medida do governo Bolsonaro que reduz o abono a R$ 300
 
As Centrais Sindicais propuseram, desde o início da crise sanitária do COVID-19, a atuação coordenada do Estado (União, estados e municípios) e medidas para a proteção dos/as trabalhadores/as.
 
No início de março, apresentamos ao Congresso Nacional a proposta de um Abono Emergencial para proteger os/as trabalhadores/as mais vulneráveis, que trabalham por conta-própria ou como autônomos, os/as assalariados/as sem registro em carteira, trabalhadoras/es domésticas e todos/as que dependem dos programas de transferências de renda. Apresentamos também propostas para a proteção das empresas e dos empregos dos/as assalariados/as que sofreram os impactos do isolamento social.
 
Provamos que era necessário e possível, e o Congresso aprovou um Auxílio Emergencial de R$ 600,00, sendo ainda devido um Auxílio de R$ 1.200,00 para a mãe chefe de família. Essa medida beneficiou mais de 65 milhões de pessoas, impedindo que caíssem na pobreza, criando uma proteção econômica efetiva para as famílias mais vulneráveis, bem como ajudou a sustentar o consumo de bens e serviços essenciais, em especial nas regiões mais pobres do país.
 
Considerando que os impactos sociais e econômicos da crise sanitária já se se provam muito mais longos do que os inicialmente prospectados, com efeitos dramáticos sobre os empregos e as ocupações, bem como sobre as empresas e a dinâmica econômica, consideramos essencial que as inciativas continuem no sentido de sustentar a renda das pessoas e famílias, estendendo os efeitos positivos de proteção social e de manutenção da demanda das famílias.
 
Por tudo isso, as Centrais Sindicais rejeitam a medida anunciada nesta terça-feira (1º) pelo governo que reduz à metade o valor do auxílio emergencial; propõem e defendem que o Congresso Nacional prorrogue até dezembro o benefício do Auxílio Emergencial de R$ 600,00, com os mesmos critérios de acesso e para o mesmo universo de pessoas credenciadas que ainda necessitam do benefício.
 
Consideramos fundamental que os parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado Federal qualifiquem o debate deliberativo sensibilizando todo o parlamento para a relevância da renovação desse benefício. 
 
 
São Paulo, 01 de setembro de 2020
 
Sérgio Nobre
 
Presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores
 
Miguel Torres
 
Presidente da Força Sindical
 
Ricardo Patah
 
Presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores
 
Adilson Araújo
 
Presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
 
José Calixto Ramos
 
Presidente da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores
 
Álvaro Egea
 
Secretário geral da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros
 
Ubiraci Dantas Oliveira
 
Presidente da CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil
 
Atnágoras Lopes
 
Secretaria Executiva Nacional da CSP-CONLUTAS
 
Nilza Pereira de Almeida
 
Secretaria de Finanças – Intersindical – Central da Classe Trabalhadora
 
Emanuel Melato
 
Coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora
 
José Gozze
 
Presidente – Pública Central do Servidor
 
Fonte: UGT-SP
 
 
Sindicato da Saúde Jaú e Região
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