Na noite desta sexta-feira, 28, Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, concedeu uma entrevista virtual ao sindicalista e político Luiz Antonio Medeiros a respeito do auxílio emergencial.
"Este auxílio de R$ 600 foi uma solicitação do movimento sindical ao presidente da República. Hoje, cerca de 50 milhões de pessoas recebem esse valor, que permite uma alimentação mínima a pessoas em situação de extrema pobreza, além da movimentação do comércio e, consequentemente, da economia", disse Patah.
O dirigente também explicou que, só na cidade de São Paulo, 100 mil pessoas perderam o emprego e "se não tiverem o auxílio emergencial, não terão nem o que comer".
Para o presidente da UGT, o atual governo federal não demonstra sensibilidade às pessoas, tratando-as como números, nem tem vocação para fomentar recursos para questões sociais. "Mas toda crise, em nível mundial, por pior que tenha sido, teve solução. Desta vez, não pode ser diferente e, hoje, não há outra alternativa que não seja o auxílio de R$ 600."
Ricardo Patah chamou a atenção para a importância de se sensibilizar o governo para essa questão, assim como para a necessidade de investimento em infraestrutura, incluindo saneamento básico e disponibilidade de acesso à internet a todos, e para a priorização da criação de frentes de trabalho.
"Já vivíamos uma crise econômica, que foi potencializada pela pandemia do coronavírus. Hoje, é preciso priorizar as necessidades dos cidadãos. É preciso investir em infraestrutura e oferecer o auxílio emergencial, no mínimo, até o fim deste ano. Isso fará com que a economia gire - e, inclusive, o dinheiro volte para o governo por meio de impostos - e, principalmente, fará com que as pessoas possam minimamente se alimentar", finalizou Patah.
Fonte: UGT