As principais Centrais Sindicais e sindicatos de todo o país, incluindo o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Jaú e Região, participam no movimento nacional “Dia de Luto, Dia de Luta”, convocado para conscientizar as autoridades e a população sobre os riscos da Covid-19 e para incrementar a luta por direitos neste momento delicado atravessado pelo país e pelo mundo. A ação ocorre nesta sexta-feira a partir das 10h.
A presidente do Sindicato, Edna Alves, diz que será feito um trabalho de conscientização sobre o perigo da doença e da necessidade de medidas que preservem a vida da população e dos profissionais da saúde. A mobilização também foca na cobrança de medidas governamentais para auxiliar micros e pequenas empresas para evitar ainda mais demissões.
Os sindicalistas defendem a manutenção do Auxílio Emergencial até o fim da pandemia e ampliação do seguro desemprego para garantir uma renda mínima a trabalhadores que perderam seus emprego ou forma de sustento.
O Dia de Luto é em homenagem aos quase 100 mil mortos pela doença no Brasil, número que deve ser alcançado nesta sexta-feira e que vai continuar crescendo de fora assustadora, tendo em vista que a média de óbitos diários no País permanece acima de mil há praticamente dois meses e sem sinal de queda.
Edna diz que será feita uma panfletagem com as principais demandas. Também serão lembrados no “Dia do Luto” os dois companheiros da saúde vítima da covid-19 na cidade de Jaú – Ismael Firmino, 66 anos, que morreu em 26 de maio; e Jhenifer Teixeira, 25 anos, que morreu em 10 de junho. Ambos são técnicos de enfermagem e trabalhavam em hospitais da cidade.
O “Dia de Luta” lembra ainda da luta do enfermeiro Mário Daniel Fadoni, 37 anos, que passou quase 15 dias na UTI por causa do coronavírus, mas graças a Deus se recuperou. “Em nome do Mário, lembramos dos demais companheiros que contraíram a doença e também se recuperaram”, diz Edna Alves.
“Lamentamos que tantos trabalhadores tenham sido infectados em Jaú. Medidas judiciais foram tomadas pelo Sindicato desde o fim de março para garantir a segurança dos profissionais, mas não foram suficientes”, lamenta a sindicalista.
Mobilizações ocorrem em todo o país, lamenta o alto número de vítimas da Covid-19 e se solidariza com as famílias das 100 mil vítimas. E cobra ações governamentais em defesa da vida e do emprego
A luta das centrais sindicais e dos trabalhadores:
1 - Ampliação do Auxílio Emergencial de R$ 600,00 enquanto durar o estado de calamidade pública (até 31/12/2020)
2- Ampliação das parcelas do Seguro Desemprego diante da necessidade de garantia de renda para os desempregados;
3- O fortalecimento do SUS e de sua capacidade de articulação das ações de enfrentamento à pandemia;
4- Que o Ministério da Saúde e estabelecimentos de saúde disponibilizem todos os equipamentos necessários para a segurança dos profissionais de saúde;
5- A derrubada pelo Congresso Nacional dos vetos do Presidente da República que impedem a garantia dos direitos conquistados pelos trabalhadores e seus sindicatos por meio da ultratividade dos acordos e convenções coletivas de trabalho;
6- Liberação dos créditos prometidos pelo governo para as micro e pequenas empresas para evitar ainda mais o desemprego;
7- Retorno das atividades escolares presenciais somente quando houver garantias de preservação da saúde de alunos, pais e profissionais da educação