O Ministério da Saúde disponibilizou nesta terça-feira (19) um serviço de tele-atendimento psicológico e psiquiátrico para profissionais de saúde que atuam no combate à pandemia.
O projeto havia sido iniciado ainda em abril. No entanto, apenas hoje entrou em funcionamento o serviço, através do telefone 0800-644-6543.
A pasta está investindo R$ 2,3 milhões no projeto, que visa atender até 10 mil profissionais da saúde.
“Hoje nós temos que os profissionais da saúde são os mais vulneráveis a sintomas do ponto de vista psicológico e psiquiátrico diante da pandemia”, afirmou Maria Dilma Teodoro, diretora substituta do departamento de ações programáticas estratégicas do Ministério da Saúde.
“Vários países já publicaram trabalhos mostrando que a incidência é significativa [sobre os profissionais da saúde], então a proposta do ministério é que possamos atender a equipe que está lidando diretamente com os pacientes portadores [da Covid-19]”, completou.
A técnica da pasta afirmou que profissionais de 14 categorias ligadas ao sistema de saúde poderão utilizar o serviço. Inicialmente, será feita uma avaliação para indicar a melhor forma de tratamento. Se o paciente apresentar fator de risco —como depressão ou tendências suicidas—, será encaminhado para uma avaliação psiquiátrica.
O Ministério da Saúde também anunciou nesta terça-feira o lançamento da campanha anual de doação de leite materno.
De acordo com dados da pasta, os primeiros quatro meses deste ano registraram uma redução na quantidade de doações em relação ao mesmo período do ano passado —a queda foi de 61.146 para 58.155 doações.
O Ministério também reforçou a segurança para as futuras doadoras.
“Os bancos de leite estão preparados para fazer a coleta de forma segura, mesmo em meio à pandemia”, afirmou Daniela Ribeiro, secretária substituta de atenção primária à saúde do Ministério.
A pasta apenas desaconselha a doação em casos de mulheres com sintomas de gripe ou quem morem com alguém que apresente esses sintomas.
Segundo o ministério, há no Brasil 224 bancos de leite humano e 217 postos de coleta.
A pasta também reforça os pedidos por doação porque nascem no Brasil anualmente 380 mil crianças prematuras.
“Dependendo do tamanho do bebê, até 1 ml de leite pode ajudar. Não precisa levar o pote cheio”, completa Daniela Ribeiro. “O Brasil precisa da solidariedade de todas as mães lactentes e principalmente dos profissionais de saúde, que tem a responsabilidade de informar a melhor forma e benefícios [da doação]”.
Foto: Lalo de Almeida