O Sindicato da saúde de Jaú já entrou na Justiça do Trabalho para garantir que os estabelecimentos médicos forneçam equipamentos de proteção individual (EPIs) a todos os funcionários. Já obteve liminares favoráveis referente a dois hospitais de Jaú, mas ainda tem hospitais de Jaú e região que não seguem essa prática.
Funcionários da saúde estão com medo de contaminação pelo coronavírus. Grandes hospitais de São Paulo já afastaram centenas de trabalhadores contaminados. (abaixo, um resumo de três hospitais)
# On line com vc- Pedimos aos trabalhadores que denunciem a falta de EPIs, utilizando os canais: facebook/messenger, whats zap (98210-0880), telefone (3622-4131) e email ([email protected]). Reiteramos que o atendimento presencial em nossa sede ocorre das 9h Às 12h para casos urgentes. Os demais canais estão à disposição do sindicalizado e demais profissionais da área.
A presidente do Sindicato, Edna Alves, chegou a visitar hospital à noite para acompanhar denúncia de falta de EPI em unidade de terapia intensiva. Foi proibida de verificar a denúncia, tentou conversa com as chefias de enfermagem e administrativa, mas não obteve êxito.
Edna diz que se puder conversar com os trabalhadores talvez possa tranquilizá-los a ponto de entenderem que alguns setores podem abrir mão do uso da máscara para preservar os colegas de setores mais críticos.
Sem acesso à categoria, não restou outra saída senão registrar boletim de ocorrência na polícia – se bem que na central policial ela tomou chá de cadeira até as 2h da manhã, quando foi informada que só depois das 4h da manhã talvez fosse atendida.
Funcionários com medo – Edna Alves diz que entende o momento de falta de EPIs, entre eles máscaras, luvas e avental, mas não aceita que os profissionais sejam expostos a riscos na lida com pacientes. O protocolo adotado por hospitais de que só deve usar máscara que trata com paciente suspeito ou positivo para covid-19 não se sustenta, segundo ela, justamente porque não se tem feito testes em todos os suspeitos de portar o vírus.
“Os funcionários estão com medo de trabalhar. Estão medo de levar o vírus para casa e contaminar filhos, netos , pais e avós. Chegam a utilizar um jaleco não-impermeável por 12 horas ou mais, trabalham sem toca, sem máscara e nem sempre tem o álcool para higienizar as mãos”, aponta, citando algumas das denúncias já recebidas até o momento.
Contaminação em massa – Hospitais grandes da capital, onde o coronavírus está espalhado, já afastaram centenas de funcionários com sintomas do coronavírus, boa parte já diagnosticados e colocados em isolamento.
Albert Einstein
O Hospital Israelita Albert Einstein informou segunda-feira (30) que 348 funcionários foram diagnosticados com o coronavírus em São Paulo. Treze destes funcionários estão internados. Segundo o hospital, 169 são profissionais como médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem.
Sírio Libanês
No início desta semana 104 funcionários do Hospital Sírio-Libanês em São Paulo foram afastados por 14 dias após testarem positivo para o coronavírus. Ainda de acordo com o hospital, os funcionários são de diversas áreas que têm contato direto com pacientes, entre elas, enfermaria, limpeza, recepção e manutenção.Casos de coronavírus estado de São Paulo
HC da USP
O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) afastou 125 funcionários por conta do coronavírus nesta semana. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, do montante, há casos confirmados e suspeitos. O Hospital não informou quantos estão internados.