Em cidades do pais inteiro, profissionais da enfermagem e outros com funções críticas no cuidado demandam que Bolsonaro, executivos das grandes empresas do setor atuem para prevenir o colapso do sistema Grupo também criticou à Medida Provisória 927, reivindicando seu cancelamento, e acrescentando a urgência da licença remunerada dos trabalhadores com maior risco Brasília, DF - Nesta sexta-feira, 27 de março, 2020, a Rede Sindical Brasileira Unisaúde apresentou ao governo do Presidente Jair Bolsonaro e executivos das empresas de saúde um ofício detalhando mudanças urgentes, necessárias para proteger à população e aos próprios trabalhadores da Coronavírus, e para evitar uma quebra iminente do sistema de saúde. O grupo enfatiza que essas medidas - e o recurso requerido para adotá-las - precisam urgentemente ser providenciados tanto pelo governo federal, no caso do sistema público, como pelas empresas, no caso do sistema privado.
Descrevendo condições que expõem desnecessariamente o público em geral à doença, trabalhadores da enfermagem, da recepção, da segurança, da administração, e da higiene afirmaram que, sem proteger à saúde dos empregados dos hospitais e clínicas, a vírus vai ser espalhada exponencialmente pelo pais.
Conforme afirmou uma enfermeira, quem trabalha em um hospital no estado do Rio de Janeiro, “Nós enfermeiras estamos em nosso pior momento profissional. Temos que trabalhar na não tem máscara, não tem óculos, não tem avental, não tem gorro, nos expondo ao vírus e sabemos que isso pode custar nossas vidas. Agora eles querem nos ensinar a reutilizar as máscaras descartáveis como se isso fosse algo normal só porque não tem suficiente na unidade onde trabalho, estamos com mais de 20 colegas afastados com sintomas de COVID-19 e ninguém no Rio de Janeiro faz nada, hoje só podemos contar com nosso sindicato, acho que se não fosse elas lutando por nós, hoje já seríamos escravas dos patrões no Rio de Janeiro.”
Edison Laércio de Oliveira, Presidente da Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo, denunciou o fato de que as empresas privadas de saúde não estão liberando aos empregados com maior risco de contratar a vírus. “Agora com a MP 927, ou as empresas vão continuar obrigando aos mais idosos e pessoas com problemas de saúde se expor, ou vão suspender o seu trabalho sem pagamento dos salários. Nenhuma opção funciona, ” disse Edison.
Anexo a este comunicado é o ofício, dirigido ao Presidente da República, Jair Bolsonaro, e a executivos das empresas maiores do sistema privado no pais. O ofício é assinado pelas seguintes entidades:
Rede Sindical Brasileira UNISaúde
- UNI Global Union
- Sindicato da Saúde ABC
- Sindicato da Saúde de Apucarana e Região
- Sindicato dos Enfermeiros da Bahia
- Sindicato da Saúde da Bahia
- Sindicato da Saúde de Belo Horizonte e Região
- Sindicato da Saúde de Campo Mourão
- Sindicato da Saúde de Cornélio Procópio e Região
- Sindicato da Saúde de Curitiba e Região
- Sindicato da Saúde de Foz do Iguaçu e Região
- Sindicato da Saúde Guarulhos e Região
- Sindicato da Saúde de Irati e Região
- Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul
- Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro
- Federação dos Empregados em Serviços de Saúde do Estado do
Rio Grande do Sul
- Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São
Paulo (SindSaúde-SP)
- Sindicato da Saúde de Toledo
- Sindicato da Saúde de Umuarama e Região
Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo
- Sindicato da Saúde de Araçatuba e Região
- Sindicato da Saúde de Bauru e Região
- Sindicato da Saúde de Campinas e Região
- Sindicato da Saúde de Franca e Região
- Sindicato da Saúde de Jau e Região
- Sindicato da Saúde de Piracicaba e Região
- Sindicato da Saúde de Presidente Prudente e Região
- Sindicato da Saúde de Ribeirão Preto e Região
- Sindicato da Saúde de Rio Claro e Região
- Sindicato da Saúde de Santos e Região
- Sindicato da Saúde de São José do Rio Preto e Região
- Sindicato da Saúde de São José dos Campos e Região
Para entrevistar a trabalhadores da rede sobre o ofício e as condições que eles estão enfrentando nos hospitais, entre em contato com Sirlene Nogueira, Federação Paulista, (19) 99204-7866 / [email protected]; Priscila O’Donnell, SINDESC, (41) 99971-2883 / [email protected]; ou Peter Kuhns, Uni Global, (11) 93228-9372 / [email protected].
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