A questão da gravidade da doença não entra na definição estrita da OMS de uma pandemia -- apenas a disseminação --, embora a organização possa levar em consideração o ônus geral da doença para a população antes de declarar uma pandemia.
Como a principal agência de saúde mundial, a OMS é o órgão que primeiro declara uma pandemia.
"Descrever a situação como uma pandemia não altera a avaliação da OMS sobre a ameaça representada por esse coronavírus. Não altera o que a OMS está fazendo e nem o que os países devem fazer", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
Número de casos deve aumentar
Ao declarar a pandemia, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, ressaltou que em duas semanas o número de países afetados pelo novo coronavírus triplicou. E que nos próximos dias e semanas ele espera que os números de casos, de mortos e de países afetados aumentem ainda mais.
Segundo ele, a OMS está profundamente preocupada pelos níveis alarmantes que o novo coronavírus está atingindo. É a primeira vez que o mundo vê uma pandemia causada por um coronavírus.
Também o diretor-executivo do programa de emergências da OMS, Michael Ryan, ressaltou que a declaração não significa que a OMS vá adotar novas recomendações no combate ao vírus.
Mitigação é a estratégia de saúde pública que busca sobretudo cuidar dos doentes e públicos prioritários. Como afirmaram os diretores, a OMS ainda acredita que a contenção da circulação do vírus precisa ser buscada por todos os países.
Outras pandemias
A última vez que a OMS declarou uma pandemia foi em 2009, para uma nova cepa de influenza H1N1, que alguns pesquisadores estimam ter infectado 1 bilhão de pessoas nos primeiros seis meses e matado centenas de milhares no primeiro ano de detecção. Os números do Covid-19 estão muito aquém disso até o momento.
A gripe espanhola de 1918 é a pior pandemia da memória recente: tirou a vida de pelo menos 50 milhões de pessoas em todo o mundo, de 1918 a 1919.
Fonte: G1