Ele voltou na mesma semana em que Bolsonaro volta a reconhecer a CPMF como opção avaliada no governo, o ex-secretário da Receita —e porta-bandeira do tributo— Marcos Cintra se prepara para voltar ao debate fora do governo. Na defesa do imposto sobre movimentação financeira, Cintra diz ter a seu lado dezenas de entidades empresariais, que farão uma campanha em março. “Estou articulando estudos para subsidiar deputados e senadores que defendem o projeto”, afirma ele.
Nova era Na opinião de Cintra, Bolsonaro reabriu a discussão nesta semana, e a colocação do presidente foi reforçada pelo ministro Paulo Guedes. “[Bolsonaro] está revendo as posições dele. Vejo hoje um outro ambiente”, diz.
Não é não O ex-secretário diz ainda que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, se apressa ao afirmar que não há chances de a proposta passar na casa. “Com todo respeito que tenho por ele, acho um pouco precipitada essa afirmação. Ele não conhece o projeto. Ainda não foi discutido.”
O regresso Para Cintra, a reforma tributária estará condenada se não tiver o tributo sobre movimentação financeira, que ele prefere chamar de imposto digital em vez de CPMF. Uma das entidades que estão com Cintra na mobilização pelo tributo é o Brasil 200.
Pomo da discórdia “Esse imposto é um elemento pacificador, que vai permitir uma aliança a favor do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), que é o sonho de todos”, diz Cintra.
Fonte: Folha