Reunidas nesta segunda-feira (26), na sede do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em São Paulo, a CUT e demais centrais sindicais - CGTB, CSB, CSP Conlutas, CTB, Força Sindical, Intersindical, Nova Central Sindical e UGT – definiram uma agenda de luta em defesa da Previdência e decidiram aderir e potencializar o Grito dos Excluídos, no dia 7 de setembro, em todo país.
No dia 3 de setembro, representantes da CUT e demais centrais irão fazer uma mobilização no Senado, onde a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 06/2019, aprovada na Câmara dos Deputados, está tramitando. As lideranças sindicais irão conversar com os senadores e pressioná-los para votar em defesa da classe trabalhadora e contra esta reforma da Previdência que dificulta a concessão de benefícios previdenciários.
No dia 4, os dirigentes da CUT e demais centrais irão participar de um seminário sobre a soberania nacional, na Câmara dos Deputados, em Brasília. O evento, organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, vai debater questões relativas ao patrimônio público, produção científica e riquezas naturais.
Está previsto, ainda, um ato nacional antes do dia 24 de setembro, data que está prevista a votação da reforma da Previdência no Senado. Para decidir a data deste ato, os dirigentes irão consultar os trabalhadores e as trabalhadoras.
Para o Secretário-Geral da CUT, Sergio Nobre, a luta contra a reforma da Previdência é o carro chefe das mobilizações das principais centrais sindicais do país e por isso a pressão sobre os senadores é tarefa permanente de todo trabalhador e toda trabalhadora.
Segundo ele, a pressão pode ser feita nas ruas, nas bases destes parlamentares, de forma digital, pelo ‘napressão’, e também participando das mobilizações nacionais.
“É muito importante que o dia 7 tenha grandes atos no país inteiro, nos municípios, nos bairros e nas grandes capitais para impulsionar a pressão contra o governo de Bolsonaro e contra aqueles que querem destruir a Previdência Social e pública na votação do dia 24”, afirmou.
Segundo o secretário-geral da CUT, participar do Grito dos Excluídos tem tudo a ver com este cenário que estamos vivendo, com um governo que ataca desde a soberania, as riquezas do país e os empregos até os direitos dos negros, dos LGBTs e dos trabalhadores e as trabalhadoras.
“Só unidos e com muita pressão é que nós teremos todas as condições de modificar este projeto, que ainda está muito ruim. E se alterado, o debate volta para Câmara e será uma grande derrota para o governo e um passo importante na luta contra retirada de direitos”, disse Sergio Nobre.
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As frentes e outras pautas
Outras pautas também foram discutidas na reunião, como a defesa do patrimônio público, emprego, Amazônia e a educação. As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo também participaram da reunião e confirmaram participação no dia 7.
“Queremos jogar peso no dia 7 e também colocaremos o bloco massivo nas ruas de todo país em defesa da educação, da Amazônia e do Brasil para denunciar o que este governo está fazendo com a gente [corte na educação, nas pesquisas e na ciência]. Também queremos retomar os caras pintadas e acho que agora é uma ótima oportunidade porque os estudantes querem ir para ruas”, disse o presidente da UNE, Iago Montalvão.
Fonte: CUT