A Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo e sindicatos filiados estão unidos para tentar coibir práticas antissindicais adotadas por sindicatos patronais que não querem negociar as convenções coletivas. Será ajuizada no Ministério Público do Trabalho (MPT) uma representação contra todos os patronais. A decisão foi tomada em reunião realizada em Jaú, dia 19, na presença de dirigentes da saúde.
A reunião ocorreu no Recanto da Saúde, a área de lazer dos profissionais da categoria na região de Jaú. Além da presidente do Sindicato de Jaú, Edna Alves, acompanhada por diretores, também estiveram sindicalistas de todas as regiões do Estado. E encontro foi coordenado pelo presidente da Federação, Edison Laércio de Oliveira.
“Temos uma situação este ano complicada. Não se efetivou nenhuma convenção coletiva com os sindicatos patronais das datas-bases de janeiro a junho. A atitude patronal é de não haver negociação, porque os patrões dizem não tero que oferecer aos trabalhadores”, disse Edison Oliveira, justificando a medida em defesa de todos os trabalhadores.
“A Federação e sua diretoria entendem que isso é uma atitude antissindical. E como está em discussão no âmbito do Ministério Público do Trabalho, a Federação ajuíza uma representação contra todos os sindicatos patronais do Estado de São Paulo. Esperamos que haja essa conciliação no MPT. Caso não ocorra, o MOT deverá instaurar procedimento para ver se as atitudes patronais ferem a legislação nacional e internacional no sentido de prática antissindical”, explica o dirigente que representa uma categoria de mais de 700 mil trabalhadores no Estado.
Na prática, o Ministério Público do Trabalho vai convocar uma audiência para fazer a mediação entre os sindicatos patronais e os sindicatos dos trabalhadores. O objetivo, segundo Edison Oliveira, é chegar a um consenso e se fazer cumprir o que manda a Constituição Federal, ou seja, que se realize as negociações entre as partes.