A desaprovação ao governo de Jair Bolsonaro (PSL) não para de crescer e já supera o índice de aprovação em apenas cinco meses de mandato. Para 36,2% dos brasileiros a gestão do presidente é "ruim" ou "péssima". Outros 28,6% ainda avaliam como a gestão como "ótima" ou "boa".
Os dados são pesquisa que a consultoria Atlas Político fez entre os dias 19 e 21 de maio e foram divulgados nesta terça-feira (21) pelo Portal do El País.
Segundo o diretor do Atlas Político, Andrei Roman, o resultado não surpreende "dado o intenso noticiário negativo" a respeito do governo nas últimas semanas, como os resultados econômicos negativos, os cortes na Educação, que provocaram as primeiras manifestações contra Bolsonaro, e a investigação sobre as finanças do filho do presidente, senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
A maioria dos entresvistados (86,3%) disse ter tomado conhecimento da investigação do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro contra o filho mais velho do presidente, suspeito de lavagem de dinheiro, peculato e formação de quadrilha. Outros 54,3% disseram ser a favor da prisão de Flávio.
A pesquisa também perguntou aos eleitores sobre o tema que levou professores e estudantes às ruas na semana passada. No total, 51,5% da população é contra os cortes na Educação, que atingem, em média, 30% de todo o orçamento não obrigatório das universidades. Outros 45% disseram estar de acordo com o contingenciamento que o Ministério da Educação diz ser obrigado a fazer por causa da crise fiscal.
Impeachment não
50,2% dos entrevistados não acreditam que o Congresso Nacional pode abrir um processo de impeachment contra o presidente. Outros 49,4% seriam contra essa possibilidade. Já 38,1% apoiam o "Fora, Bolsonaro".
Lula continua sendo o melhor
Entre as personalidades políticas pesquisadas, quem mais subiu na aprovação foi o ex-candidato à presidência, Ciro Gomes (PDT), que, no entanto, segue rejeitado pela população e atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, avaliado positivamente por 31% dos brasileiros.
Metodologia
A pesquisa, feita com 2.000 pessoas recrutadas na Internet e com amostra balanceada por meio de algoritmo, tem margem de erro de 2 pontos percentuais.
Fonte: cut