A UGT (União Geral dos Trabalhadores), segunda maior central sindical em número de trabalhadores filiados, defende reformas que beneficiem a todos os brasileiros, especialmente os mais pobres e os aposentados. A mais urgente é a da Previdência Social.
A nossa central formulou uma proposta bem objetiva: defendemos um regime público único de previdência, igualitário para todos os brasileiros, E aqui nós incluímos também os militares, claro. Tem que ser feita uma justiça previdenciária. Os interesses de nenhuma corporação devem prevalecer. O Brasil está acima de tudo, entendemos.
Quem quiser uma aposentadoria maior do que o limite fixado tem a alternativa de participar de um fundo complementar, a ser instituído sem recursos públicos, obviamente.
A reforma é para dar sustentabilidade à Previdência, acabar com as desigualdades e injustiças e eliminar privilégios. E especialmente em dar transparência ao sistema. A nossa proposta sobre a reforma da previdência já foi enviada ao governo Bolsonaro, com pedido de audiência, e foi publicada no jornal Folha de S. Paulo, no dia 22 de dezembro, em texto assinado pelo presidente Ricardo Patah. Portanto, a nossa posição é pública.
No começo de janeiro, assinamos uma carta, em conjunto com as demais centrais, pedindo a abertura de diálogo com o governo. Não temos nenhuma dúvida de que esse é o caminho. Trabalharmos todos juntos, independente de ideologias, para o crescimento de nosso País. A revolução 4.0 está mudando mundo. Os novos empregos que surgirão, necessitam de trabalhadores qualificados. Essa tarefa tem que ser posta em prática já. E por todos: governo, empresários e entidades de trabalhadores.
Estamos muito preocupados com as leis trabalhistas que estão sendo mudadas, especialmente com a retirada de direitos e a precarização de todas as formas de trabalho. Temos que cuidar disso, sim, pois esses aspectos são muito importantes. Mas temos que ter, também, bem claro que, somente teremos emprego e renda, se houver desenvolvimento em todos os setores da nossa economia.
Para nossa surpresa, antes mesmo de o governo posicionar-se em relação ao nosso pedido de abertura de diálogo, as demais centrais resolveram, no dia 15, fazer uma reunião (não sabemos por qual motivo) para organizar mobilizações contra reforma da Previdência. E foi discutida também uma possível greve geral contra o projeto do governo.
É óbvio que esse posicionamento praticamente inviabiliza o diálogo com Bolsonaro. Por termos uma posição propositiva, a UGT, embora convidada, não participou da reunião com as demais centrais. Nada contra nenhuma delas.
Estamos abertos e prontos para dialogar democraticamente com o governo sobre a reforma da Previdência e outras que forem necessárias para o benefício de toda a população. Repetimos: estamos prontos para dialogar. A nossa posição não mudou.
Fonte: UGT