Centrais sindicais realizam nesta quinta-feira (22), em ao menos oito estados do pais, o “Dia Nacional de Mobilização em defesa da Previdência e da Seguridade Social”, com assembleias, diálogo nas ruas com a população e panfletagem nos locais de trabalho, praças públicas e ambientes de grande circulação.
Organizado pela CUT, Força Sindical, CTB, Intersindical, CSB, CSP-Conlutas, NCST, UGT e CGTB, essa será a primeira manifestação da campanha permanente em defesa da Previdência, lançada no último dia 12 de novembro pelas centrais sindicais. Na ocasião, um documento com os princípios gerais para a garantia da universalidade e do futuro da Previdência e da Seguridade Social também foi divulgado pelas entidades.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a proposta de reforma do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) é ainda pior do que àquela feita por Michel Temer (MDB) em 2017. “Bolsonaro quer trazer para o Brasil o modelo de capitalização da previdência que levou milhares de chilenos à miséria. Muitos não conseguiram se aposentar e outros ganham metade do salário mínimo”, diz o presidente da CUT, referindo-se ao modelo adotado pelo Chile na década de 1980, a denominada “capitalização da Previdência”, onde o trabalhador é responsável por fazer uma poupança pessoal sem a contribuição dos empregadores e do governo. “Se o trabalhador não contribui por alguns meses por ter ficado muito tempo desempregado, fazendo bicos ou totalmente sem renda, nunca conseguirá se aposentar”, critica Vagner.
Para o presidente da CUT, é fundamental a manutenção do modelo de repartição, onde os trabalhadores que estão na ativa contribuem para que os aposentados, que já contribuíram, recebam o benefício. Nesse modelo há a contribuição dos trabalhadores, empresas e governo, com a garantia de que os benefícios sejam, pelo menos, atrelados ao salário mínimo.
Vagner Freitas diz ser fundamental a mobilização dos trabalhadores em todo o país em defesa das aposentadorias, tema que prevê ser a primeira grande disputa com o novo governo federal.
“É muito importante a participação dos sindicatos e dos trabalhadores e trabalhadoras para barrar qualquer proposta que acabe com a nossa aposentadoria, assim como fizemos no ano passado. Por isso, é fundamental a dedicação de todos na realização de assembleias, diálogos, panfletagem e todo o tipo de atividade que tenha o objetivo de esclarecer a população sobre os riscos que a proposta de Bolsonaro representa para as aposentadorias”.
Além de assembleias e panfletagens nos locais de trabalho, confira algumas cidades com atividades públicas programadas:
Bahia (BA) – a partir das 9h, em frente ao Mercado Modelo. Em Salvador, os protestos vão ocorrer no Comércio e na Cidade Baixa, além da Região Metropolitana e outras cidades do interior do estado.
Ceará (CE) – a partir das 8h, em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (Rua 24 de Maio, 176, centro).
Mato Grosso do Sul (MS) – a partir das 9h, em frente à sede da Delegacia Regional do Trabalho (DRT).
Paraná (PR) – Em Curitiba, das 11h às 14h, um ato público será realizado na Esquina da Democracia, no calçadão da Rua XV de Novembro com a Rua Monsenhor Celso
Pernambuco (PE) – a partir das 8h, em frente à sede da antiga DRT, na Av. Agamenon Magalhães, bairro do Espinheiro.
Rio Grande do Sul (RS) – a partir das 7h30, panfletagem do jornal das centrais no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAF), em Porto Alegre.
Sergipe (SE) – Em Aracaju, a partir das 8h, o ato será no calçadão da João Pessoa/Geru.
São Paulo (SP) – Em Osasco, haverá panfletagem pela manhã na estação de trem de Osasco. Às 12h, panfletagem na sede do Bradesco, no bairro Cidade de Deus. Em Rio Preto, a mobilização ocorrerá no Terminal Urbano, a partir das 17 horas, e no centro de Bauru, o ato será realizado a partir das 8h, na Rua Azarias Leite, número 70-75.
Com informações de Tatiana Melim/CUT
Fonte: Rede Brasil Atual