Bolsonaro deu a declaração numa entrevista coletiva em Brasília, após ser questionado sobre o assunto.
“O Trabalho vai continuar com status de ministério. Não vai ser secretaria, não”, afirmou.
Questionado se o ministério irá incorporar alguma pasta, respondeu:
“Vai ser ministério disso, disso e Trabalho. É igual o Ministério da Indústria e Comércio, é tudo junto, está certo? O que vale é o status”.
Na avaliação do presidente eleito, “ninguém está menosprezando” o Ministério do Trabalho.
Na semana passada, após Bolsonaro dizer que o Ministério do Trabalho seria incorporado a outra pasta, servidores protestaram na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e deram um abraço simbólico no prédioonde funciona o órgão. Nesta terça houve um novo protesto.
Segundo o presidente eleito, a meta atual é reduzir o número de ministérios de 29 para 17, mas pode chegar a 18 – inicialmente, Bolsonaro havia dito que seriam “no máximo” 15 pastas.
“Se tiver que aumentar mais um ou dois, que aumente. A gente não pode é prejudicar administrar da nação por fixar o número 15. Está em 17, e talvez seja 18”, disse.
O presidente eleito não informou qual pasta poderá ser fundida com o Ministério do Trabalho.
Sobre uma eventual fusão com a pasta da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Bolsonaro disse que a estrutura ficará sob responsabilidade do Ministério da Economia.
“Botar mais o Ministério do Trabalho acho que fica um pouco pesado”, ressaltou.
Bolsonaro também informou nesta terça-feira que por questões de saúde não deve viajar com o presidente Michel Temer para o encontro do G20, em Buenos Aires (Argentina) – o grupo reúne as 20 principais economias do mundo.
“A princípio, não [irá à viagem]. Estou com problemas de saúde, tenho que evitar viagem mais longa e tem o problema da minha saúde. Talvez não vá”, afirmou o presidente eleito.
Bolsonaro foi perguntado sobre o reajuste em 16% os salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do procurador-geral da República. O projeto aguarda a sanção ou veto do atual presidente Michel Temer.
“Está nas mãos do Michel Temer. Logicamente é motivo de preocupação, já estamos com um deficit enorme para o ano que vem e é mais um problema que vamos ter”, disse Bolsonaro.
O presidente eleito declarou ainda que pretende diminuir o número de cargos de confiança em estatais, ministérios e nos bancos públicos.
“Não posso falar o percentual, no mínimo, aí, 30% a gente vai cortar, no mínimo. Há um exagero dos comissionados nos ministérios”, declarou.
Fonte: G1