Jornal da Cidade, 26/10/2018
Jaú - Na próxima quarta-feira (31), às 14h, a diretoria da Santa Casa de Jaú (47 quilômetros de Bauru) irá se reunir com representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Jaú e Região (Sindicato da Saúde) para discutir um eventual acordo que evite a paralisação parcial dos serviços no hospital, prevista para o dia 8 de novembro.
Conforme divulgado pelo JC, em assembleia realizada no último dia 17, funcionários da Santa Casa deram aval para que o sindicato decretasse estado de greve caso as negociações salariais com o Sindicato das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo (Sindhosfil) e o hospital não avançassem.
A presidente do Sindicato da Saúde, Edna Alves, conta que a diretoria da Santa Casa, por meio do Sindhosfil São Paulo, fez contato com a Federação Paulista dos Trabalhadores da Saúde para marcar uma reunião de negociação com o sindicato da saúde. O encontro deve contar com representantes das quatro entidades.
Para Alves, essa retomada de negociações proposta pelo hospital pode indicar a solução do conflito, que já dura mais de um ano. Segundo ela, o último reajuste da categoria ocorreu em julho de 2016 e convenção coletiva 2017/2018 é discutida no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15), em Campinas.
A negociação para o período 2018/2019 está em andamento. O Sindicato da Saúde afirma que ela não foi assinada porque prevê retirada de direitos dos trabalhadores. Para justificar o estado de greve, a entidade aponta descumprimento de cláusulas da convenção coletiva de 2016 e dificuldade de acordo nos anos seguintes.
Nesta semana, em carta aberta à população, o Sindicato da Saúde pediu a compreensão de todos em relação ao estado de greve, explicou sobre a situação dos funcionários e lamentou eventuais transtornos que a paralisação poderá causar, justificando que está agindo dentro do que determina a lei.
A Santa Casa, por sua vez, enviou nota à imprensa informando que é filiada ao Sindhosfil desde 2016, reconhece as convenções firmadas com o sindicato patronal e aguarda decisão judicial referente ao dissídio coletivo para cumprir o que for decidido em juízo pelo TRT da 15ª Região.