O trabalhador que decide se aposentar somente após completar a pontuação da regra 85/95 pode receber durante toda a vida até R$ 144 mil a mais, se for homem, ou até R$ 278 mil, se mulher, segundo cálculos do consultor atuarial Newton Conde.
O cálculo é sobre a diferença entre a aposentadoria integral e a que é reduzida pelo fator previdenciário, considerando segurados que fizeram 80% dos recolhimentos sobre o teto do INSS e que hoje têm 55 anos (homem) e 52 anos (mulher), que são as idades médias dos trabalhadores que pedem o benefício por tempo de contribuição.
“Os cálculos deixam claro a importância para o trabalhador em usar a regra 85/95 para conseguir a aposentadoria integral”, diz Conde.
Para se aposentar pelo sistema 85/95 sem o desconto do fator previdenciário, a soma da idade do trabalhador ao seu tempo de contribuição precisa atingir 85, para a mulher, e 95, se homem.
Em 2019, a soma aumentará um ponto. Depois, seguirá avançando a cada dois anos, até chegar a 90, para mulheres, e 100, para homens.
Para quem pode conseguir o benefício integral antes da progressão, a recomendação é fazer o pedido ao INSS antes da mudança, diz o advogado Arismar Amorim Junior.
Aposentar-se com o 85/95 é quase tão importante quanto não pedir o benefício antes de cumprir os requisitos para entrar nessa regra.
Considerando uma mulher com média salarial de R$ 3.000, o acumulado ao longo da vida dela será de R$ 155,4 mil, caso peça o benefício tão logo complete a soma para ter a renda integral. Mas se ela adiar o pedido em um ano, o saldo cairá para R$ 122,7 mil. A diferença é de 21%.
Fonte: AGORA