- Assembleia com funcionários abre caminho para "Estado de Greve" caso negociação em andamento não alcance resultado positivo;
- Sindicato apresentou contraproposta ao hospital, mas ainda não obteve resposta;
- Se não tiver acordo, sindicato já está autorizado a iniciar a greve; Sindicato da Saúde continua aberto a negociações com o Sindicato Patronal ou com a direção da Santa Casa
O Sindicato da Saúde de Jaú e Região realizou nesta quarta-feira (17/10) Assembleia Geral para ouvir funcionários da Santa Casa de Jaú e explicar sobre o andamento das negociações salariais. Também foi apresentada a proposta de paralisação no caso de fracasso na tentativa de obter reajustes travados há mais de dois anos e de preservar direitos.
Edna Alves, presidente do sindicato, diz que a assembleia cumpriu o objetivo de mobilizar trabalhadores e discutir o andamento da campanha salarial.
Foi dado o aval para que o sindicato inicie o procedimento para decretar greve, caso não ocorra avanço na tentativa de um acordo coletivo que garanta reajuste aos funcionários e a manutenção de alguns direitos da convenção coletiva."
Pressão da chefia contra a reunião
"Infelizmente, companheiros que nos procuraram falaram que muitos funcionários não vieram à assembleia com medo de represália. Teve chefia que ameaçou demitir quem participasse da reunião no sindicato. Isso é abuso. Todos têm o direito de reivindicar", lamentou Edna.
"Os trabalhadores vieram até o sindicato desde as 7h até as 19h em grupos ou sozinhos. Foram informados que estão sem aumento desde julho de 2016 porque o sindicato patronal que representa o hospital quer acabar com direitos. Explicamos que a proposta feita pelo patronal é de reajuste abaixo da inflação e foi recusada porque tira as duas folgas mensais de que faz 12 x 36. Também reduz o adicional de insalubridade e o adicional noturno e ainda aumenta a jornada de trabalho do apoio", falou Edna.
Em seguida, ela disse que o sindicato fez uma contraproposta à administração da Santa Casa e está no aguardo. "O funcionário não é escravo."
Benefícios em discussão
Nessa contraproposta, o sindicato pede reajuste de 5% para julho de 2017 e mais 5% para julho de 2018. Aceita as 40 horas para funcionários do Apoio (limpeza, cozinha, lavanderia), com direito a folgas aos sábados e domingos. Demais cláusulas, como cesta básica ou vale alimentação, feriado da categoria e outras continuariam sem alterações.