O Encontro de Mulheres e Jovens da UGT-SP aconteceu no dia 2, na sede do Siemaco-SP, e durou o dia todo (confira mais informações neste site). Uma ampla mesa de trabalho foi composta por dirigentes da UGT Nacional e da UGT-SP. Pela Estadual, estavam presentes: Amauri Mortágua, presidente em exercício e as secretárias Débora, Daniela e Kasmere. Pela Nacional, o presidente Ricardo Patah, o deputado federal Roberto Santiago, vice-presidente; Regina Pessoti Zagretti, secretária da Mulher; José Moacyr Pereira, secretário de Finanças e presidente da Siemaco-SP; e Gustavo Pádua, secretário da Juventude da Central.
Todos bateram na tecla da necessidade da oferta de mais oportunidades de inclusão de mulheres e jovens, tanto fora como dentro das próprias entidades sindicais. E também pregaram o voto consciente na eleição do dia 7, escolhendo candidatos comprometidos com a luta dos trabalhadores e das trabalhadoras.
Amauri, por exemplo, disse: “A juventude é sempre remetida ao futuro. Mas se o jovem não conquistar seus espaços, não vai ter futuro. Então é preciso abrir as portas para eles, assim como para a mulher. Mas é preciso lutar. É na luta que a gente constrói um país, se conquista direitos”.
Para Patah, as mulheres têm se mostrado aguerridas em abrir caminhos para a inclusão nas áreas de comércio, serviços, onde são a maioria. “Mas elas são minoria na politica, portanto, ainda têm um longo caminho a percorrer para conquistar esse espaço”. E pregou que somente com educação e capacitação poderemos ter um Brasil mais rico em conhecimento, em oportunidades para jovens, com emprego, salários justos e melhor qualidade de vida.
Moacyr Pereira, por sua vez, afirmou que é preciso levar o jovem para dentro do sindicato: “Se a gente não fizer nada, os jovens, infelizmente, estarão cada vez mais distante do movimento sindical. É preciso oferecer oportunidades para que eles participem, que adquiram experiência, pois eles podem ajudar e muito o nosso movimento. O problema é que o jovem também está se distanciando da educação. O governo precisa reverter esse quadro”.
Regina Zagretti, por sua vez, chamou atenção para que as mulheres e os jovens não desistam da luta. “Hoje, somos a maioria da população, a maioria dos eleitores, e temos direito de escolher em quem votar, graças à luta de muitas mulheres, de homens e jovens desde há muitos anos”.
Gustavo explicou que a UGT Nacional e as Estaduais buscam estratégias para dar respostas a várias questões concretas, como derrubar as barreiras que ainda limitam a participação de mulheres e jovens. “Precisamos quebrar paradigmas para que elas tenham voz, precisamos conversar muito claramente para que jovens e mulheres se sintam representados no movimento sindical”, assegurou.
Roberto Santiago falou sobre cota partidária de 30% reservada às mulheres: “Precisamos quebrar essa amarra. No Congresso, quando propus emenda com mínimo de 50%, me chamaram de louco. Temos que ampliar essa cota”.
Débora Machado: “Sempre ouço dizer que as mulheres não ocupam espaço. Acontece que enfrentamos muitas barreiras na política e na vida sindical. A gente tem cada casa e filhos pra cuidar, e muitos companheiros não ajudam. Em muitas entidades sindicais, somos barradas pelos próprios dirigentes. Mas, com nossa união de luta, mostraremos que somos capacitadas para ocupar qualquer cargo mas entidades e na política”.
Kasmere Bezerra disse, a seguir, que no Sindicato dos Condutores de São Paulo as mulheres travaram uma grande luta para ocupar espaço. “Hoje, somos 51% da categoria e queremos mais. Temos capacidade de cuidar da casa, dos filhos, e do trabalho. Estamos lutando para manter essa hegemonia”.
Daniela Souza, da Juventude da Siemaco-SP, fechou os discursos: “Foi muito bom estar com vocês. O objetivo deste encontro de definir proposições que norteiem a inserção e a realização dos anseios da juventude e mulheres trabalhadoras foi alcançado. Nós, da UGT-SP, estamos satisfeitos com os resultados. Obrigado a todos pela participação”.
Também prestigiaram o encontro os diretores da Central: André dos Santos Filho, secretário de Formação Política-Sindical; José Gonzaga da Cruz, secretário de Assuntos Jurídicos; Marcísio Mendes de Moura, secretário de Comunicação e Imprensa e Rogério José Gomes Cardoso, secretário de Finanças.
Fonte: UGT