A União Geral dos Trabalhadores (UGT) iniciou, na manhã desta quinta-feira (16), a 28ª Reunião Plenária da Executiva Nacional. O evento, que reúne dirigentes sindicais de diversas regiões do País, tem como objetivo debater o cenário político e os desafios impostos pela aprovação da reforma trabalhista.
Segundo Ricardo Patah, presidente nacional da entidade, o evento é fundamental para que os dirigentes, de forma conjunta, decidam qual UGT queremos. “Chegamos ao posto de segunda maior central sindical do País e escrevemos uma história. Deixamos um legado importante e agora precisamos definir como será a nossa entidade a partir desse novo momento”, disse.
“O que fizeram, ao aprovar essa famigerada reforma, foi um crime contra a sociedade, pois venderam a falsa ideia de que sua aprovação geraria emprego, mas, em quase um ano, não foi isso que vimos. Além de gerar uma categoria de subtrabalhadores, aumentando a má distribuição de renda e impactando negativamente na economia dos Estados e no sistema previdenciário como um todo, promoveram também uma profunda crise no movimento sindical”, enfatizou Patah.
Roberto Santiago, vice-presidente da UGT, salientou que esse é um período de renascimento: ““Recuar é mostrar fraqueza e nós somos fortes porque temos sindicatos fortes, atuantes e trabalhadores comprometidos com a luta sindical”.
Santiago lembrou também que, mesmo sendo historicamente contra o imposto sindical, não apoiou a retirada desse recurso da forma abrupta como aconteceu. "Mas é uma situação irreversível. Diante disso, é preciso se reinventar e buscar alternativas para custear a organização sindical. Somente com a sindicalização conseguiremos atravessar esse momento”, enfatizou.
Ricardo Patah aproveitou a oportunidade para reforçar ações que estão sendo realizadas por algumas entidades, como o Sindicato dos Comerciários de São Paulo e seus mutirões de emprego, visando aumentar o número de associados, ou a UGT Pernambuco, que criou uma estratégia para agregar valor à sindicalização, por meio de parcerias, além de desenvolver uma equipe especializada em filiação.
Laerte Teixeira, vice-presidente da entidade, frisou que, neste momento, a palavra-chave da Central é a unidade. “Agora é a hora de trabalharmos juntos para superar todas essas adversidades.”
Fonte: UGT