Ao menos oito funcionários da Santa Casa de Bariri foram demitidos entre segunda-feira e ontem, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Jaú e Região (Sindicato da Saúde). A entidade tem informações de que mais 30 trabalhadores serão dispensados nos próximos dias. 

Ontem, a presidente do sindicato, Edna Alves, buscava contato com a diretoria do hospital para discutir os termos das demissões. Para ela, parte dos desligamentos tem a ver com a greve desencadeada em março, após sucessão de atrasos nos salários dos profissionais. Na época, a filantrópica foi impedida de demissões no intervalo de 90 dias – período encerrado agora.

“Como vai ficar a Santa Casa sem esses profissionais? Já está escasso, sobretudo na parte da enfermagem”, relata a presidente do sindicato.

A diretoria do hospital não confirma os números, que só serão consolidados amanhã. A entidade alega que se trata de uma medida temporária, decorrente da necessidade de corte de custos. A diretoria mencionou ainda que a redução do pessoal não vai comprometer o atendimento, porque uma reestruturação das escalas será implementada.

 

Administrada pela Organização Vitale, a Santa Casa de Bariri enfrenta grave crise gerencial e financeira. Em novembro do ano passado, representantes da empresa foram presos acusados de desviar recursos da saúde, sobretudo em contratos de gestão de hospital em Campinas. Em 2018, médicos e funcionários cruzaram os braços em protesto contra o atraso nos salários. (JGD)