O valor máximo para os benefícios pagos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) poderá chegar a R$ 5.832,11 a partir do ano que vem. Uma nota técnica elaborada pelas consultorias de orçamento da Câmara e do Senado prevê que o reajuste será de 3,30%. Hoje, esse valor é de R$ 5.645,80.
O estudo foi divulgado na terça-feira e reduz a previsão de inflação para este ano. Quando o governo enviou o projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), em março, estimou que esse índice ficaria em 3,8%. Com a nova previsão, o teto ficará um pouco menor.
Essa mudança altera também o salário mínimo no ano que vem. Inicialmente, o mínimo e o piso das aposentadorias do INSS passaria a ser de R$ 1.002, mas agora deverá ficar em R$ 998, segundo o estudo encaminhado à Comissão Mista de Orçamento, que analisa a LDO.
O valor seria ainda menor sem “dívida” do governo com os trabalhadores e segurados da Previdência.
A definir o piso deste ano, a gestão do presidente Michel Temer (MDB) previu uma inflação menor do que a que, de fato, ocorreu. O governo poderia ter alterado o valor, mas optou por deixar para o próximo ano. Com isso, as aposentadorias e demais pagamentos no valor do salário mínimo subiram menos do que a inflação.
A nota das consultorias de orçamento da Câmara e do Senado aponta que, sem o resíduo (a “dívida”) do ano anterior, o salário mínimo passaria para R$ 995 a partir do próxima ano.
Política de reajuste
Para as contas do governo, o impacto líquido desse reajuste está estimado em R$ 13,4 bilhões para 2019.
O ano que vem será o último da política de valorização do salário mínimo, que considera a inflação e do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). Se o governo não reeditar a medida, só terá de pagar a inflação.
Fonte: Jornal Agora