Em assembleia nessa quarta (21) à noite, funcionários da Santa Casa concordaram com os termos do acordo firmado entre a Vitale Saúde e o Sindicato da Saúde no TRT
JC BAURU / Lilian Grasiela
Sindicato da Saúde/Divulgação |
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Nesta quarta (21), os funcionários aguardaram em frente à Santa Casa de Bariri o resultado da audiência de conciliação |
Em assembleia realizada na noite dessa quarta-feira (21), funcionários da Santa Casa de Bariri (56 quilômetros de Bauru) decidiram encerrar greve que durava 11 dias. À tarde, audiência de conciliação entre o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Jaú e Região (Sindicato da Saúde) e a Organização Social Vitale Saúde no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-15) em Campinas definiu prazos para o depósito dos próximos salários e fixou multas pelos atrasos ocorridos. Trabalhadores do turno da noite já retornaram ao trabalho.
O acordo firmado entre as partes prevê que os dias parados não poderão ser descontados e garante a estabilidade dos grevistas por 90 dias. Além disso, a Vitale Saúde terá de pagar multa de 6% sobre os salários de cada um dos empregados em duas parcelas de 3% nas folhas de pagamento dos meses de junho e julho.
A OS também assumiu o compromisso de pagar em dia os salários a partir da folha de maio, que deverá ser depositada até o quinto dia útil de junho. Para os meses de março e abril, os valores serão parcelados, com pagamento de 60% do salário de cada funcionário no quinto dia útil e dos 40% restantes até o dia 25 de cada mês.
No caso de atrasos não previstos no acordo, a Vitale terá de pagar multa de 10% sobre os salários para o empregado prejudicado. "Tivemos uma decisão favorável para os trabalhadores da saúde que lutaram contra o atraso no pagamento de salários", diz a presidente do Sindicato da Saúde, Edna Alves. "Os funcionários aceitaram os termos".
A PARALISAÇÃO
No dia 20 de fevereiro, os funcionários da Santa Casa de Bariri aprovaram em assembleia o estado de greve. Como os salários de fevereiro não foram depositados no quinto dia útil de março, no dia 11, eles decidiram dar início à paralisação da categoria.
No dia 7, a Vitale havia anunciado que pagaria os salários em duas parcelas - 30% no dia seguinte e 70% após a transferência de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) prevista para o dia 15 -, mas a proposta foi recusada pelos trabalhadores.