O Tribunal Regional do Trabalho (TRT-15), de Campinas, marcou para esta quarta-feira (21/03) a Mesa de Conciliação com o objetivo de encerrar a greve na Vitale/Santa Casa de Bariri iniciada em 11 de março. Na reunião participam o Sindicato da Saúde de Jaú e Região, com apoio da Federação Paulista da Saúde, e a Organização Social Vitale Saúde, que administra o hospital baririense.
Presidente do Sindicato da Saúde, Edna Alves, esclarece que a Mesa de Conciliação no Tribunal pode colocar um fim à greve, que teve origem por causa dos constantes atrasos no pagamento de salários aos funcionários da Vitale/Santa Casa de Bariri. São quatro meses seguidos de atraso – em fevereiro o pagamento só foi feito 14 dias depois do quinto dia útil. Em março, a Vitale pagou o salário parcelado até o dia 15 de março.
Além de Edna Alves, representarão o sindicato na Mesa de Conciliação o advogado Nilton Agostini Volpato e o presidente da Federação Paulista da Saúde, Edison Laércio de Oliveira. Pelo lado patronal é esperada a presença e diretor e jurídico da Vitale/Santa Casa de Bariri.
Um dos objetivos do Sindicato da Saúde nessa Mesa de Conciliação é que a Vitale/Santa Casa de Bariri assine um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Tribunal, comprometendo-se a fazer os próximos pagamentos em dia, ou seja, no quinto dia útil de cada mês.
A greve teve início no dia 11 de março, após assembléia realizada no dia 20 de fevereiro, quando os trabalhadores votaram pelo estado de greve de imediato e greve em seguida, caso ocorresse novo atraso no pagamento de salários. E foi isso que aconteceu. A Vitale/Santa Casa de Bariri não pagou no dia certo. E ainda por cima tentou acabar com a greve oferecendo 30% do pagamento no sétimo dia útil e o restante posteriormente.
“A greve continua mesmo com o pagamento do salário no dia 15 de março, porque a greve é pelo fim do atraso no pagamento. O problema do atraso não foi resolvido. Desde o salário de novembro os trabalhadores da Vitale/Santa Casa de Bariri recebe fora do prazo. Assim, ficam no prejuízo, pagam multa nas contas, sofrem com aluguel atrasado, com atraso no pagamento de faculdade e até passam fome sem dinheiro para fazer compra em mercado”, desabafa Edna Alves.